A Toyota é o mais recente gigante automóvel a anunciar planos para aumentar os preços dos seus carros nos Estados Unidos. A medida, que entrará em vigor para todos os modelos das marcas Toyota e Lexus produzidos a partir de 1 de julho, reflete uma tendência crescente na indústria automóvel. Se estava a pensar num carro novo destas marcas, o momento para decidir pode ser agora.
Em termos de valores, o aumento médio será de 208 dólares, o que se traduz em aproximadamente 192 euros, tanto para os modelos da Toyota como para os da sua marca de luxo, a Lexus. Este anúncio coloca a Toyota ao lado de outros fabricantes como a Subaru, Ford e Mitsubishi, que também já comunicaram aumentos de preços recentemente no mercado norte-americano.
A justificação oficial vs. a realidade do mercado
Questionada sobre os motivos, a Toyota afirma que a decisão se baseia nas tendências do mercado e não diretamente nas novas tarifas sobre a importação de automóveis. Um representante da empresa japonesa, citado pelo Nikkei, explicou que "para além da qualidade e do apelo ao cliente de um veículo, os preços são determinados com base nas tendências do mercado e na posição dos concorrentes".
Apesar desta declaração oficial, é difícil ignorar o potencial impacto das tarifas. Cerca de 45% das vendas da Toyota nos EUA correspondem a veículos importados, com a empresa a trazer anualmente perto de 500.000 carros do Japão. A isto somam-se os veículos importados das suas fábricas no México e no Canadá, que também enfrentam taxas aduaneiras mais elevadas.
Este ajuste de preços surge pouco tempo depois de a Toyota já ter aumentado as taxas de entrega, processamento e manuseamento em 71 dólares (cerca de 65 euros) para os modelos Toyota e 108 dólares (perto de 100 euros) para os modelos Lexus.
Outros fabricantes seguem a mesma tendência
A Toyota não está sozinha nesta estratégia. Em maio, um porta-voz da Ford confirmou ao Electrek que a empresa planeava aumentar os preços do Mustang Mach-E, da pickup Maverick e do Bronco Sport. Todos estes modelos são fabricados na sua unidade no México e viram os preços subir após o dia 2 de maio. A justificação da Ford foi uma combinação das "habituais ações de preços a meio do ano" com o impacto de "algumas tarifas que estamos a enfrentar".
Nem todos alinham na subida de preços
No entanto, nem todos os gigantes da indústria automóvel seguiram, para já, o mesmo caminho. Outros fabricantes japoneses, como a Nissan e a Honda, ainda não anunciaram aumentos de preços nos seus veículos.
Entretanto, o Hyundai Motor Group, que detém as marcas Kia e Genesis, está a adotar uma abordagem diferente para se proteger de potenciais subidas. O grupo sul-coreano está a aumentar a sua capacidade de produção dentro dos Estados Unidos, uma estratégia que lhe permite contornar as tarifas de importação e manter os preços mais competitivos no mercado.
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