A nova Nintendo Switch 2 já está entre nós e os primeiros testes de desempenho são verdadeiramente impressionantes. A mais recente aposta da Nintendo está a demonstrar uma capacidade inesperada para correr alguns dos títulos multiplataforma mais populares, superando em certos aspetos consolas teoricamente mais potentes. O segredo? A tecnologia DLSS da Nvidia, que serve como o ingrediente mágico para este salto de performance.
Street Fighter 6: A surpresa que supera a concorrência
Um dos exemplos mais flagrantes do poder da nova consola é o seu desempenho em Street Fighter 6. De acordo com uma análise detalhada da Digital Foundry, o aclamado jogo de luta corre de uma forma que desafia as expectativas. Graças à implementação do DLSS (Deep Learning Super Sampling) da Nvidia, a consola consegue pegar numa resolução nativa de 960x540 e elevá-la para uns respeitáveis 1080p, mantendo uma fluidez de jogo próxima dos 60 fotogramas por segundo.
O mais notável é que a qualidade de imagem e a nitidez geral conseguem, em certos cenários, ultrapassar a da Xbox Series S, que corre o jogo em 1080p nativo, mas com uma tecnologia de upscaling da Capcom considerada menos eficaz. Este feito deve-se não só à maturidade do DLSS, mas também aos 9GB de VRAM disponíveis na Switch 2, que superam os 8GB da Series S, permitindo o uso de texturas de maior qualidade na roupa das personagens, nos cenários e na pele. A fidelidade visual aproxima-se assim da versão para a PlayStation 4.
O poder do DLSS em ação
Mas o que é este "ingrediente mágico"? O DLSS é uma tecnologia da Nvidia que utiliza inteligência artificial para reconstruir imagens a partir de uma resolução mais baixa para uma mais alta, com uma perda de qualidade mínima e, por vezes, até com melhorias na estabilidade da imagem. É aqui que os 48 Tensor Cores e os 48 RT Cores do novo processador personalizado, o Nvidia Tegra T239, entram em ação, provando que uma arquitetura inteligente pode fazer maravilhas.
Cyberpunk 2077: O teste de fogo para a nova portátil
Se Street Fighter 6 foi uma surpresa, Cyberpunk 2077 é a prova de fogo. Este título, conhecido por levar o hardware ao limite, também marca presença no lançamento da Switch 2. O jogo corre a 1080p (com upscaling) tanto em modo portátil como ligada à televisão, oferecendo duas opções:
Modo Qualidade: a 30 fotogramas por segundo.
Modo Desempenho: a 40 fotogramas por segundo.
Mesmo com um upscaling agressivo, a qualidade das texturas é um ponto de destaque, sendo mais nítida que na Xbox Series S e muito semelhante à da versão para a PlayStation 5. É um feito notável para uma consola que se pode levar para qualquer lado.
Fica claro que a Nintendo Switch 2 não aposta em força bruta, mas sim em potência inteligente. A forte integração com as tecnologias da Nvidia, especialmente o DLSS, permite que a consola ofereça uma experiência de jogo de nova geração que não só cumpre as promessas, como, em alguns casos, as supera de forma surpreendente.
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