
As autoridades portuguesas estão a alertar para uma nova e sofisticada vaga de burlas digitais que está a circular em Portugal, utilizando indevidamente o nome do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para enganar os cidadãos. O alerta foi emitido pela Procuradoria-Geral da República, através do seu Gabinete de Cibercrime, que apela à máxima atenção.
Como funciona o esquema fraudulento
Os criminosos enviam uma notificação que aparenta ser oficial, proveniente do “SNS24”. Nesta comunicação, a vítima é informada de que tem uma dívida pendente para com o SNS.
Para aumentar a pressão e diminuir o tempo de reação, a mensagem impõe um prazo de pagamento muito curto, geralmente de apenas cinco dias. São fornecidas referências para pagamento via Multibanco ou homebanking, com o objetivo de levar a pessoa a transferir o dinheiro de forma precipitada, sem questionar a veracidade da cobrança.
O esquema por trás das referências de pagamento
As autoridades confirmam que estas mensagens são completamente falsas e não têm qualquer ligação com o Serviço Nacional de Saúde. A investigação revelou que as referências de pagamento utilizadas na burla estão associadas à empresa MediaMedics B.V., uma entidade financeira sediada na Holanda.
Esta empresa é conhecida por fornecer um sistema que permite aos utilizadores de serviços como o PayPal carregar as suas contas através de métodos de pagamento tradicionais em Portugal, como as referências bancárias. Na prática, o esquema engana as vítimas para que estas, sem saberem, enviem dinheiro diretamente para contas PayPal controladas pelos burlões.
Como proteger-se desta burla
Face a esta ameaça, o Gabinete de Cibercrime e as forças de segurança recomendam a adoção de medidas simples mas eficazes. Se receber uma mensagem com estas características, deve ignorar por completo o seu conteúdo.
É crucial não realizar qualquer tipo de pagamento solicitado e comunicar imediatamente a situação ao Ministério Público ou a uma força de segurança, como a PSP ou a GNR.
É fundamental recordar que estas fraudes exploram o sentido de urgência e o receio para induzir uma ação impulsiva. A melhor forma de proteção é desconfiar sempre de pedidos de pagamento inesperados e, em caso de dúvida, contactar diretamente as entidades oficiais através dos seus canais de comunicação verificados.










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