
O Ubuntu Unity, o projeto comunitário que ressuscitou o adorado ambiente de trabalho Unity7, está a passar por uma crise. A equipa admitiu que a versão está "partida e precisa de ser corrigida", lançando um apelo público por ajuda depois de confirmar que não conseguirá lançar uma versão 25.10 estável em outubro.
Uma tempestade perfeita de ausências
Maik Adamietz, moderador e administrador da comunidade desde 2020, explicou a situação numa mensagem publicada na página de discourse do Ubuntu. O principal problema é a falta de tempo do líder do projeto, Rudra B. Rudra, que se encontra ocupado com exames universitários.
Como resultado, o desenvolvimento abrandou significativamente desde o lançamento da versão 25.04. Para complicar, o próprio Maik teve de se afastar por motivos pessoais na mesma altura. Esta ausência de manutenção ativa significou que, embora as imagens ISO diárias continuassem a ser geradas automaticamente, ninguém as estava a testar manualmente.
Bugs críticos e um pedido de ajuda à comunidade
Esta situação levou à acumulação de bugs críticos que agora impedem os utilizadores de atualizar a partir da versão 25.04 ou até de instalar o ambiente de trabalho sobre outras versões do Ubuntu sem encontrarem problemas graves.
Maik Adamietz e outro moderador, Tobiyo Kuujikai (@fuseteam), decidiram fazer o seu melhor para "manter as coisas a funcionar", mas admitem não ter as competências técnicas necessárias para manter uma distribuição completa ou para resolver os problemas de código profundos que afetam o sistema.
O apelo é direcionado a programadores e líderes de outros projetos na comunidade Linux para que ajudem a restaurar o Unity ao estado funcional que tinha na era do 24.04 LTS. O objetivo imediato é encontrar pessoas capazes de corrigir estas falhas e manter o projeto, pelo menos até ao próximo grande lançamento de suporte alargado (LTS), o Ubuntu 26.04, previsto para o próximo ano. Maik sugere mesmo que alguém possa ensinar a equipa atual a lidar com as tarefas de manutenção mais complexas.
A ressurreição de um clássico
O Ubuntu Unity nasceu como um projeto de paixão depois da Canonical, a empresa-mãe do Ubuntu, ter tomado a controversa decisão de terminar o desenvolvimento do Unity em 2017, optando por regressar ao ambiente de trabalho GNOME.
O esforço da comunidade, liderado por um então jovem Rudra, trouxe o ambiente de trabalho de volta das cinzas, acabando por conquistar o estatuto de versão oficial do Ubuntu em 2022. Agora, o futuro deste amado projeto depende, mais uma vez, da força da sua comunidade.











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