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As redes VPN podem ser úteis para quem esteja a tentar garantir mais privacidade online, ou a aceder a conteúdos bloqueados em certas regiões. Mas como em tudo, estas também podem ser usadas para atividades mais “obscuras”, como acesos a conteúdos ilegais.

O caso da LiquidVPN é um exemplo disso. A plataforma apelidava-se como uma rede VPN criada especificamente para garantir o anonimato dos seus utilizadores, e sublinhava mesmo o facto de ser a plataforma dedicada para aceder ou descarregar conteúdos protegidos por direitos de autor.

Obviamente, isto não agrada a muitos dos detentores desses direitos, que agora avançaram com um processo contra a entidade nos tribunais, alegando que a plataforma encontra-se a facilitar e promover o acesso a conteúdos piratas na internet.

Voltage Holdings, Millennium Funding, e Hunter Killer Productions lançaram um processo nos tribunais dos EUA contra a LiquidVPN por promover e facilitar o acesso a vídeos e filmes protegidos por direitos de autor, usando a sua plataforma para encobrir as atividades.

Como base das acusações, as entidades encontram-se a referir que no site da LiquidVPN é possível encontrar indicações como o serviço é “o melhor para torrenting e uso em redes P2P”, conjugando isso com imagens do site The Pirate Bay.

Outro material promocional no site da entidade demonstra o uso da VPN com o software “Popcorn Time”, bem conhecido por ser usado para o streaming de conteúdos ilegais na internet. O site também alega que protege a identidade dos utilizadores durante o uso destes programas.

Para finalizar, a acusação afirma ainda que a entidade não responde no tempo previsto aos pedidos de DMCA que são recebidos, e não realiza o respetivo termino de contas que estejam a ser usadas para acesso a conteúdos ilegais.