A DXS International, uma empresa de tecnologia focada na área da saúde e parceira do Serviço Nacional de Saúde (NHS) no Reino Unido, revelou ter sido alvo de um incidente de segurança. A situação foi detetada a 14 de dezembro e afetou os servidores de escritório da organização.
Num comunicado oficial submetido à London Stock Exchange, a empresa garantiu que o incidente foi contido de imediato, em colaboração com o NHS. Foi também contratada uma equipa de especialistas em cibersegurança para investigar a natureza e a extensão da violação. A DXS assegura que houve um "impacto mínimo" nos serviços da empresa e que os serviços clínicos da linha da frente permanecem operacionais e não afetados.
Grupo de ransomware reivindica ataque
Embora a DXS International não tenha especificado publicamente a natureza técnica da intrusão nem confirmado se houve exfiltração de informações médicas de pacientes, surgiram reivindicações de autoria. No início desta semana, um grupo de ransomware conhecido como DevMan assumiu a responsabilidade pelo ataque.
Numa publicação na sua página na dark web, os piratas informáticos listaram a empresa no dia 14 de dezembro e alegaram ter roubado cerca de 300 GB de dados da organização. Até ao momento, estas alegações carecem de confirmação oficial por parte da empresa visada.
Investigação em curso e notificação das autoridades
A DXS já notificou as autoridades competentes, incluindo o regulador de proteção de dados do Reino Unido, o Information Commissioner’s Office (ICO), bem como as forças policiais. A empresa fornece software destinado a reduzir custos para médicos e cuidados primários, lidando com registos de pacientes. Algumas das suas soluções estão alojadas na Health and Social Care Network (HSCN) do NHS, um sistema que permite às organizações de saúde aceder e partilhar informações.
Um porta-voz do NHS England afirmou que o serviço de saúde "não tem conhecimento de quaisquer serviços aos pacientes que tenham sido impactados". É importante notar que, de um modo geral, o NHS não armazena os dados médicos dos pacientes num sistema centralizado único, o que pode mitigar o risco de um compromisso sistémico total.
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