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A Apple acaba de anunciar um investimento colossal de 2,5 mil milhões de dólares, o equivalente a cerca de 2,3 mil milhões de euros, para assegurar que o vidro utilizado nos seus produtos, como o iPhone e o Apple Watch, seja inteiramente fabricado nos Estados Unidos. Esta medida reforça a parceria com a Corning, conhecida pelos seus vidros ultra resistentes, e centraliza a produção numa fábrica em Harrodsburg, no Kentucky.

Esta decisão estratégica surge a menos de dois meses do lançamento da linha iPhone 17 e, pela primeira vez na história da empresa, todas as etapas de desenvolvimento do material de proteção dos seus equipamentos ocorrerão em solo americano.

Uma aposta "Made in America"

Para conseguir dar resposta à elevada procura, a Corning irá dedicar a sua fábrica no Kentucky, com quase vinte anos de existência, à produção exclusiva para a Apple. Este investimento não só garante a capacidade de produção necessária, como também resultará num aumento de 50% da força de trabalho da fábrica, um desenvolvimento alinhado com os planos do Presidente Donald Trump de incentivar a produção nacional e a criação de empregos nos EUA.

Tim Cook, CEO da Apple, destacou a importância da parceria num comunicado oficial: "Graças ao poder da manufatura americana, qualquer cliente que comprar um novo iPhone ou Apple Watch terá em mãos um vidro de precisão fabricado aqui mesmo no Kentucky. Somos gratos ao presidente e ao seu governo pelo apoio à manufatura americana".

Plano de 600 mil milhões e o futuro da produção

Este investimento é apenas uma fração de um plano muito mais ambicioso. A Apple planeia investir mais de 600 mil milhões de dólares (cerca de 550 mil milhões de euros) na economia norte-americana ao longo dos próximos quatro anos. Parte deste valor destina-se ao Programa de Manufatura Americana (AMP), que incentiva parceiros globais, muitos deles sediados na China, a estabelecerem a sua produção em solo americano.

A estratégia visa mitigar os conflitos fiscais entre os EUA e a China, permitindo à Apple continuar a beneficiar de materiais avançados sem entrar em rota de colisão com o governo. Atualmente, a gigante de Cupertino já conta com fornecedores nos 50 estados americanos, gerando mais de 450 mil empregos. Com esta nova iniciativa, a empresa planeia contratar mais 20 mil pessoas, com um foco especial em áreas como a Inteligência Artificial, desenvolvimento de software e machine learning.