
A Ubisoft não está a atravessar um período calmo. A empresa francesa, conhecida por sagas como Assassin's Creed, anunciou que vai adiar a apresentação dos seus resultados financeiros semestrais (referentes ao primeiro semestre do ano fiscal 2025-26). Mais alarmante ainda, solicitou a suspensão da negociação das suas ações na bolsa europeia Euronext.
A decisão foi tomada na quinta-feira, pouco antes da chamada agendada com os investidores. A negociação de ações estará interrompida a partir de 14 de novembro e, segundo a empresa, permanecerá assim "até aos próximos dias", altura em que os resultados financeiros serão publicados.
Embora a Ubisoft não tenha detalhado o motivo no seu comunicado oficial, este tipo de movimento abrupto costuma gerar especulação. Outras empresas já adiaram relatórios financeiros devido a problemas de contabilidade, mas a suspensão da negociação das ações pode indiciar notícias de maior impacto, como uma potencial venda da empresa ou um movimento para a tornar novamente numa entidade privada.
Esta instabilidade surge após vários anos "rochosos" para a gigante dos videojogos. A empresa tem enfrentado dificuldades, incluindo jogos que falharam as expectativas de vendas, o encerramento de estúdios, reduções de pessoal noutras áreas e polémicas relacionadas com má conduta sexual interna.
A especulação sobre a Ubisoft se tornar privada não é nova. No final do ano passado, surgiram relatos de que os fundadores da empresa estariam a tentar retirar a Ubisoft da bolsa com a ajuda da Tencent. Embora isso não se tenha concretizado, a Ubisoft (com investimento da Tencent) formou este ano uma nova subsidiária, a Vantage Studios. Esta nova entidade está agora responsável pela gestão de três das suas franquias mais importantes: Assassin’s Creed, Far Cry e Rainbow Six.