
A era das aplicações nativas do Messenger para computador chegou oficialmente ao fim. A Meta decidiu descontinuar as versões dedicadas do seu serviço de mensagens para Windows e macOS, forçando os utilizadores a regressarem ao navegador para manterem as suas conversas em dia.
A mudança, que entrou em vigor no passado dia 15 de dezembro de 2025, significa que quem tentar abrir a aplicação instalada no seu computador será automaticamente redirecionado para a versão web do Facebook. A empresa liderada por Mark Zuckerberg procura assim simplificar o seu portefólio de software, concentrando esforços onde a maioria dos utilizadores realmente está: nos dispositivos móveis e na web.
Uma experiência que nunca convenceu
A aplicação para desktop do Messenger teve uma vida relativamente curta e algo conturbada. Lançada em 2020, numa altura em que o mundo se fechava em casa devido à pandemia e a procura por ferramentas de comunicação disparava, a app tentou capitalizar essa necessidade. No entanto, chegou ao mercado com limitações técnicas significativas face a rivais de peso como o Zoom, oferecendo menos participantes nas videochamadas e falhando em funcionalidades básicas como a partilha de ecrã intuitiva.
A base tecnológica da aplicação também sofreu várias mutações ao longo dos anos, o que nunca ajudou à sua estabilidade ou popularidade. No ecossistema da Apple, a aplicação passou de Electron para React Native e, mais tarde, para Catalyst — uma tecnologia que permite correr aplicações de iPad no Mac, mas que muitas vezes resulta numa experiência de utilização pouco polida. Já no sistema operativo da Microsoft, a versão acabou por se tornar numa PWA (Progressive Web App) gerida pelo Edge, longe da fluidez de uma aplicação verdadeiramente nativa.
Simplificação da estratégia
Esta decisão não surge como uma surpresa total para quem acompanha o percurso da gigante tecnológica. Já em 2023, a empresa tinha começado a reintegrar as funcionalidades de chat na aplicação principal da rede social, revertendo a separação que tinha imposto anos antes. O encerramento das aplicações de desktop é o passo lógico seguinte numa estratégia que visa reduzir a fragmentação e custos de desenvolvimento.
Para os utilizadores de computador, a única alternativa oficial passa agora a ser o acesso via browser, conforme confirmado pela página de suporte do Facebook.










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