
Dezoito meses após a última atualização significativa, o leitor multimédia mais famoso do mundo — reconhecido universalmente pelo seu ícone em forma de cone de trânsito — está de volta. A VideoLAN lançou o VLC 3.0.22, uma versão que procura equilibrar a modernização da interface com a manutenção da compatibilidade para sistemas mais antigos, introduzindo ainda melhorias específicas de hardware.
Um visual renovado e compatibilidade alargada
Uma das novidades mais visíveis desta versão é a introdução de uma opção de paleta escura (Dark Mode) para a interface Qt, algo que será certamente bem-vindo para quem utiliza o Windows e Linux, especialmente em ambientes com pouca luz.
No campo do desenvolvimento, a atualização adiciona suporte para compilação com Qt6, garantindo que o software se mantém relevante em distribuições modernas, ao mesmo tempo que preserva a compatibilidade com o Qt5 para assegurar que a versão 3.0 continua funcional em sistemas atuais.
Para os utilizadores do sistema operativo da Microsoft, há novidades contrastantes: por um lado, o VLC ganha compilações nativas para a arquitetura ARM64; por outro, numa jogada de preservação digital, foi restaurado o suporte para plataformas antigas como o Windows XP SP3. Além disso, foi finalmente adicionada uma funcionalidade de conveniência muito solicitada: a capacidade de renomear, mover ou eliminar o ficheiro que está a ser reproduzido no momento.
Melhorias de hardware e correções técnicas
No que toca ao desempenho gráfico, os utilizadores de placas AMD beneficiam agora do suporte para o "AMD Frame Rate Doubler" via Direct3D11, prometendo uma reprodução mais fluida. O manuseamento de codecs também foi aprimorado, com a transição para o libavcodec como padrão e melhor suporte para A_ATRAC e AT1 em contentores Matroska (MKV).
A atualização foca-se também na correção de vários erros que persistiam. No macOS, foi corrigida a descodificação de hardware para XVID MPEG 4. A fiabilidade da reprodução geral foi reforçada com correções no "seeking" (avanço/recuo) em ficheiros FLAC, na renderização de imagens JPEG e na deteção de formatos VOB e LPCM.
Segundo o registo de alterações oficial da VideoLAN, esta versão inclui ainda melhorias na estabilidade dos demuxers e refinamentos na integração com ambientes KDE e dispositivos UPnP.