
Os robôs humanoides continuam a gerar um enorme interesse na indústria tecnológica, com milhares de milhões de dólares a serem investidos nesta corrida para o futuro. A Tesla, sob a liderança de Elon Musk, tem sido uma das faces mais visíveis deste movimento, com o CEO a afirmar que o projeto Optimus poderá vir a transformar a empresa num negócio de um bilião de dólares. No entanto, um incidente recente num evento em Miami levantou novas questões sobre o verdadeiro estado da autonomia destas máquinas.
Durante o evento intitulado "Autonomia Visualizada", realizado na loja da marca em Miami, o objetivo era demonstrar as capacidades da tecnologia da empresa e do seu robô humanoide. Contudo, um novo vídeo que surgiu online sugere que a prometida autonomia pode ainda estar dependente de intervenção humana direta em momentos críticos.
O gesto suspeito durante a queda
Vários fãs da marca partilharam imagens do Optimus a realizar tarefas como distribuir garrafas de água, tirar fotografias e até dançar. No entanto, um vídeo publicado no Reddit captou um ângulo menos lisonjeiro da demonstração, onde o robô acaba por sofrer uma queda aparatosa.
Nas imagens, é possível ver o Optimus a mover as mãos de forma muito rápida e descoordenada, o que leva à queda das garrafas de água que segurava. Logo de seguida, o robô perde o equilíbrio e começa a cair para trás. Mas o detalhe que está a captar a atenção dos especialistas e entusiastas não é o trambolhão em si, mas sim o movimento específico que as mãos da máquina fazem durante a queda.
Pouco antes de atingir o chão, as duas mãos do Optimus elevam-se rapidamente em direção ao que seria o seu "rosto". O robô faz então um movimento distinto de preensão, como se estivesse a agarrar e a puxar um objeto da sua cabeça. Para quem está familiarizado com a tecnologia de realidade virtual, o gesto é imediatamente reconhecível: assemelha-se a alguém a remover freneticamente um headset de VR.
Teleoperação vs. Autonomia total
Este comportamento bizarro sugere fortemente que o robô estava a ser controlado remotamente, através de teleoperação, e não a agir de forma puramente autónoma via IA. A teoria mais plausível é a de que um operador humano, localizado nos bastidores ou numa instalação remota, entrou em pânico ao perceber que o robô ia cair e instintivamente arrancou o seu próprio headset de realidade virtual.
Ao cair, o Optimus parece ter imitado fielmente esse gesto do operador, tentando retirar um "auricular" que fisicamente não existia na sua cabeça metálica. Este incidente vem corroborar as suspeitas de que, apesar das demonstrações impressionantes de inteligência artificial frequentemente publicitadas, a Tesla ainda depende significativamente do controlo remoto humano para operar os seus robôs, especialmente em ambientes dinâmicos ou momentos críticos.