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carro da honda

Os ecos da escassez de componentes na indústria automóvel parecem estar longe de terminar. A Honda prepara-se para suspender temporariamente a produção nas suas fábricas no Japão e na China, uma decisão impulsionada por novas tensões geopolíticas que afetaram a cadeia de abastecimento global.

De acordo com as informações avançadas pela Bloomberg, a gigante automóvel irá paralisar a produção no Japão nos dias 5 e 6 de janeiro. Adicionalmente, as três fábricas da Guangqi Honda Automobile, situadas na China, vão encerrar as operações entre 29 de dezembro e 2 de janeiro.

Geopolítica trava a tecnologia

Esta nova paragem não se deve apenas a uma questão de procura, mas sim a um conflito diplomático e comercial com epicentro na Europa. A raiz do problema reside numa recente "guerra por procuração" nos Países Baixos. Em outubro, o governo holandês, cedendo à pressão da administração Trump, assumiu o controlo da fabricante de chips Nexperia, que era detida por capitais chineses.

A Nexperia, embora opere nos Países Baixos, é vital para a produção de chips de gama baixa, essenciais para alimentar automóveis, eletrodomésticos e outros dispositivos tecnológicos. A justificação oficial para a intervenção prendeu-se com "graves falhas de governação" e o receio de que a proprietária chinesa, a Wingtech, transferisse tecnologia chave para fora da Europa. No entanto, relatórios indicam que o governo holandês já estaria ciente destes planos desde 2019.

Como retaliação, a China bloqueou as exportações de chips fabricados pela Nexperia. Embora a intervenção holandesa tenha sido entretanto suspensa após conversações, e a China tenha relaxado algumas restrições através de isenções, as cadeias de abastecimento ainda não recuperaram totalmente, mantendo a instabilidade no fornecimento destes componentes críticos.

Indústria automóvel apanhada de surpresa

A situação atual contrasta com as previsões iniciais da Honda, que antecipava um regresso à normalidade na produção a partir do final de novembro. A realidade, contudo, provou ser bem diferente, reacendendo os receios de uma nova crise dos chips que afeta diretamente o setor automóvel.

A falta de preparação da indústria para este tipo de cenários foi sublinhada por Ambrose Conroy, CEO da Seraph Consulting. Em declarações sobre o tema, o consultor foi perentório: "Ninguém na indústria automóvel se preparou para a perturbação geopolítica. E continuam sem estar preparados". Com a incerteza ainda a pairar sobre as relações comerciais internacionais, resta saber quando é que as linhas de montagem poderão voltar a operar sem interrupções.




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