
O ambiente de trabalho GNOME prepara-se para um dos seus passos mais significativos na transição tecnológica dos últimos anos. A tradicional sessão baseada em X11 (ou X.Org) será desativada por predefinição já a partir do GNOME 49, com a sua remoção completa a estar planeada para a versão seguinte, o GNOME 50.
Esta mudança marca o culminar de um longo processo de transição para o Wayland, um protocolo de servidor gráfico mais moderno e seguro, que tem vindo a ser o padrão no GNOME há vários anos.
O que significa este abandono do X11?
A decisão, confirmada numa publicação no blogue oficial de um programador do GNOME, foca-se exclusivamente na sessão nativa e legada do X11. Isto significa que, ao iniciar sessão no GNOME, a opção de escolher "GNOME on X11" deixará de ser apresentada por defeito.
É crucial entender que esta alteração não afeta o XWayland. O XWayland é uma camada de compatibilidade que permite que aplicações desenhadas originalmente para X11 continuem a funcionar de forma transparente dentro de uma sessão Wayland. Assim, a esmagadora maioria das aplicações que os utilizadores usam diariamente, como jogos ou software mais antigo, não sofrerão qualquer impacto e continuarão a funcionar como esperado.
Flexibilidade para utilizadores e outros ambientes de trabalho
Para os utilizadores que, por motivos específicos de hardware ou software, ainda dependem de um ambiente de trabalho totalmente baseado em X11, nem tudo está perdido. O gestor de sessões do GNOME, o GDM (GNOME Display Manager), manterá a capacidade de iniciar outras sessões que usem X11.
Isto garante que quem tem instalados outros ambientes de trabalho, como o XFCE ou o Cinnamon, poderá continuar a selecioná-los e a utilizá-los sem qualquer problema através do mesmo ecrã de login. A mudança restringe-se apenas à sessão "pura" do próprio GNOME.
Para os mais aventureiros e programadores que queiram testar o futuro do ambiente de trabalho, as primeiras versões de teste do GNOME 49 alpha já se encontram disponíveis.










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