
As vendas da Tesla na China sofreram uma queda no segundo trimestre de 2025 em comparação com o trimestre anterior, uma tendência que contraria as expectativas geradas pela própria marca. Este declínio acontece mesmo com a total disponibilidade da versão atualizada do Model Y e a aplicação de descontos sem precedentes, pondo em causa as justificações dadas pela fabricante para os resultados mais fracos no início do ano.
Números de entregas não correspondem às expectativas
Após um primeiro trimestre dececionante, a Tesla tinha atribuído a quebra na produção à transição de design do Model Y, o seu veículo mais vendido. No entanto, mesmo com a produção do popular SUV elétrico a regressar aos níveis normais, o desempenho no segundo trimestre foi ainda mais fraco, com uma queda de 13,5% nas entregas globais.
Apesar de a Tesla ser conhecida pela sua opacidade na divulgação de dados de vendas por modelo e mercado, os números de registo de veículos oferecem um panorama mais claro da situação. Segundo os dados divulgados hoje pela Associação de Automóveis de Passageiros da China (CPCA), a Tesla entregou 128.803 veículos no mercado chinês durante o segundo trimestre de 2025.
Este valor representa uma diminuição de 4,3% em relação aos 134.607 veículos entregues no primeiro trimestre. A quebra é ainda mais acentuada quando se compara com o mesmo período do ano anterior, registando um declínio de 11,7% face ao segundo trimestre de 2024, conforme detalhado pelo Electrek.
Estratégia de descontos não foi suficiente
A queda nas vendas no segundo trimestre é particularmente preocupante para a marca, uma vez que ocorreu num período em que todas as variantes do novo Model Y já estavam disponíveis no mercado chinês, o maior do mundo. Para além da maior disponibilidade do seu modelo de topo, a Tesla estava a oferecer descontos recorde tanto para o Model 3 como para o Model Y.
As campanhas incluíam ofertas de financiamento com 0% de juros, o que, dependendo do modelo e das condições, equivalia a um desconto direto entre 1.850 e 3.700 euros por veículo. Contudo, nem esta agressiva estratégia de preços foi capaz de inverter a tendência de queda nas vendas no gigante asiático.










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