
A Nvidia acaba de alcançar um feito sem precedentes na história empresarial, tornando-se na primeira companhia a nível mundial a atingir uma capitalização de mercado de 4 biliões de dólares. Este marco histórico foi alcançado após as ações da empresa terem registado uma subida superior a 2%, consolidando a sua posição de liderança no setor tecnológico.
Com esta conquista, a gigante dos processadores gráficos ultrapassa outras potências como a Microsoft e a Apple, uma proeza notável, considerando que ambas as empresas tinham atingido a marca dos 3 biliões de dólares antes da Nvidia.
O motor por trás do crescimento imparável
O impressionante crescimento da Nvidia é alimentado pela procura incessante pelo seu hardware, tanto especializado como de uso geral, numa era dominada pela Inteligência Artificial generativa. O ponto de viragem para a fabricante de chips deu-se com a explosão de popularidade do ChatGPT no final de 2022, que catapultou a necessidade de processadores potentes capazes de suportar cargas de trabalho de IA.
Grandes empresas, incluindo a Microsoft, que oferecem plataformas de cloud pública aos seus clientes, dependem fortemente do hardware da Nvidia para potenciar os seus serviços, o que solidifica ainda mais a sua posição dominante no mercado.
Uma corrida de gigantes tecnológicos
Este novo recorde coloca a Nvidia num patamar isolado no que toca à sua avaliação de mercado. Para se ter uma ideia da dimensão deste feito, a Microsoft encontra-se atualmente avaliada em 3,7 biliões de dólares, enquanto a Apple regista uma capitalização de 3,1 biliões.
Outros nomes sonantes da indústria, como a Alphabet (empresa-mãe da Google) e a Meta, seguem a uma distância considerável, com avaliações de 2,1 biliões e 1,8 biliões de dólares, respetivamente, tal como avança a CNBC.
Resultados financeiros e os desafios no horizonte
O desempenho financeiro da empresa reflete este sucesso. No primeiro trimestre do seu ano fiscal de 2026, a Nvidia apresentou uma receita de 44,1 mil milhões de dólares, um aumento de 69% em relação ao mesmo período do ano anterior e 12% acima do trimestre precedente. A empresa prevê um segundo trimestre ainda mais forte, com receitas a rondar os 45 mil milhões de dólares.
Contudo, nem tudo são boas notícias. A empresa enfrenta desafios significativos, nomeadamente as recentes restrições impostas pelo governo dos EUA à exportação de produtos H20 para a China, uma medida que poderá custar à empresa cerca de 8 mil milhões de dólares em vendas perdidas. É de notar que a previsão de 45 mil milhões de dólares em receitas para o trimestre atual já contabiliza esta perda, o que significa que, sem estas restrições, as receitas poderiam ter ultrapassado a marca dos 50 mil milhões. Resta saber se a concorrência conseguirá alcançar a Nvidia ou se a fabricante de chips continuará a navegar em águas isoladas.










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