1. TugaTech » Internet e Redes » Noticias da Internet e Mercados
  Login     Registar    |                      
Siga-nos

Steam com sinal de banido

A controvérsia em torno da remoção de jogos com conteúdo para adultos da plataforma Steam atingiu um novo patamar, transcendendo o mundo dos videojogos e entrando na esfera da liberdade de imprensa. Dezenas de títulos desapareceram da loja da Valve, e enquanto a razão oficial aponta para os processadores de pagamento, uma jornalista que investigou o caso viu-se forçada a abandonar o seu posto na Vice após denunciar as forças que operam nos bastidores.

A ponta do icebergue: a remoção dos jogos

Recentemente, a Valve removeu dezenas de jogos da Steam que continham conteúdo para adultos. A ação, segundo a empresa, veio a pedido dos processadores de pagamento, que afirmaram que os títulos em questão violavam as suas "regras e padrões". No entanto, à medida que alguns jornalistas começaram a investigar, descobriram que a influência de outras organizações foi decisiva para estas proibições, levantando o véu sobre uma complexa rede de pressão.

A denúncia: os "aliados poderosos" por detrás da censura

A jornalista Ana Valens, numa investigação publicada para a Vice, expôs como o grupo australiano Collective Shout assumiu o crédito pela remoção de muitos dos jogos. Valens descreve o grupo como uma "organização feminista radical" que faz campanha pela censura de qualquer conteúdo para adultos, sob a bandeira do combate à "objetificação das mulheres e à sexualização das raparigas".

O artigo da Vice focou-se também em outras organizações como o National Center on Sexual Exploitation (NCOSE) e a Exodus Cry, que já no passado tinham feito campanhas para a remoção de outros jogos da plataforma da Valve. Valens argumenta que as acusações destes grupos, como as dirigidas a Detroit: Become Human por supostamente promover a violência, são frequentemente infundadas e politicamente motivadas.

A retaliação e o protesto

A história sofreu uma reviravolta quando a própria jornalista se tornou o centro da polémica. Valens revelou nas redes sociais que a administração da Vice a instruiu a retirar do seu artigo o conteúdo relacionado com a Collective Shout, alegando que o tema era demasiado controverso.

Após recusar-se a cumprir a ordem, Ana Valens decidiu deixar de escrever para o Waypoint, a secção de videojogos da publicação. Em sinal de protesto e solidariedade, vários dos seus colegas seguiram o seu exemplo e demitiram-se. Até ao momento, não é claro se a gestão da Vice tem alguma afiliação direta com a Collective Shout ou com os seus aliados.

Mais do que jogos: uma questão de liberdade

Este caso levanta questões que vão muito para além da moderação de conteúdo na Steam. Muitos críticos acreditam que os processadores de pagamento têm um poder desmesurado sobre a forma como a Valve gere a sua própria loja. Outros contestam o lobbying que grupos como a Collective Shout fazem junto destas entidades financeiras com base em agendas políticas.

A agitação na Vice evidencia um problema que se estende da simples proibição de jogos com temas para adultos a um debate mais profundo sobre a liberdade de expressão e a autonomia dos jornalistas para cobrir temas de censura sem sofrerem represálias.




Aplicações do TugaTechAplicações TugaTechDiscord do TugaTechDiscord do TugaTechRSS TugaTechRSS do TugaTechSpeedtest TugaTechSpeedtest TugatechHost TugaTechHost TugaTech