Um YouTuber conseguiu levar o desempenho de um portátil equipado com uma RTX 5090 a um novo patamar, contornando os limites de energia impostos pela Nvidia. Com a potência elevada para 250 Watts, a placa gráfica demonstrou um aumento de desempenho que chegou aos 41% em benchmarks sintéticos, uma proeza notável.
A experiência foi conduzida pelo YouTuber GizmoSlipTech, que se dedicou a extrair a máxima performance da sua GPU de portátil. Historicamente, a Nvidia limita as suas placas gráficas para portáteis, incluindo as da série RTX 50, a um consumo de 175 Watts. Esta limitação existe por boas razões, principalmente para gerir as temperaturas dentro do chassis compacto de um portátil.
Como contornar o limite de 175 Watts da Nvidia
Para ultrapassar esta barreira, foi necessário recorrer a uma modificação de hardware conhecida como "shunt mod". Este processo envolve a substituição de uma resistência específica na motherboard, o que permite que a GPU consuma mais energia. Neste caso, o consumo saltou dos 175W para uns impressionantes 250W, um valor superior a uma tentativa semelhante de 225W registada por outro utilizador no Reddit.
No entanto, a modificação física não é suficiente. O processo exige também a instalação de uma BIOS modificada, com uma curva de voltagem-frequência (V-F) ajustada, e um ligeiro undervolt para otimizar a estabilidade e a eficiência do sistema.
A máquina de testes artilhada para a experiência
O portátil utilizado para este feito foi um Eluktronics Hydroc 16 G2. Esta máquina está equipada com um processador Intel Core Ultra 9 275HX e 48 GB de memória RAM DDR5 a 7200 MHz. De forma crucial, o portátil conta com um sistema de arrefecimento líquido externo, um componente essencial para conseguir dissipar o calor extra gerado pelo aumento de potência da GPU.
Resultados impressionantes em benchmarks e jogos
Com todas as modificações implementadas, o portátil com a RTX 5090 apresentou um ganho de desempenho de 41% no 3DMark Steel Nomad, um teste que coloca uma enorme pressão sobre a placa gráfica. A GPU conseguiu atingir uma frequência de 2.7 GHz, um aumento notável de 700 MHz face aos 2.0 GHz de boost clock padrão. Como esperado, esta potência extra veio acompanhada de um aumento correspondente nas temperaturas.
Nos testes em jogos, os resultados foram um pouco mais modestos, mas ainda assim significativos. O ganho de desempenho com a RTX 5090 modificada variou entre 3,83% e 29,7%. Esta experiência serve como prova de que as GPUs para portáteis são frequentemente limitadas pela falta de energia e que, com as modificações certas, é possível alcançar um desempenho digno de um computador de secretária.
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