
A ambiciosa missão Lunar Trailblazer, desenhada para mapear a presença de água na Lua, chegou oficialmente ao fim a 31 de julho, sem nunca ter completado a sua jornada. A NASA confirmou que as equipas perderam o contacto com o pequeno satélite poucos dias após o seu lançamento, há vários meses.
O objetivo principal da missão era criar mapas de alta resolução da água na superfície lunar, avaliando a sua quantidade, as suas formas e como estas poderiam ter mudado ao longo do tempo.
O que correu mal?
O satélite da NASA fazia parte da missão IM-2 da Intuitive Machines, que descolou a bordo de um foguetão Falcon 9 da SpaceX, a partir do Kennedy Space Center. O lançamento ocorreu no dia 26 de fevereiro, o que corresponde às 00:16 de 27 de fevereiro em Portugal Continental.
Cerca de 48 minutos após o lançamento, o Lunar Trailblazer separou-se com sucesso do foguetão, tal como planeado. Os operadores em Pasadena, na Califórnia, estabeleceram comunicação com o satélite por volta da 1:13 da manhã (hora de Portugal), mas a comunicação bidirecional perdeu-se no dia seguinte e a equipa não conseguiu restabelecer a ligação.
Com base nos poucos dados que as equipas em terra receberam antes do silêncio do satélite, a principal causa da falha aponta para um problema com os painéis solares. Estes não se posicionaram corretamente em direção ao Sol, o que levou ao esgotamento completo das suas baterias.
Uma valiosa lição para o futuro
Apesar do desfecho, a agência espacial encara a experiência como uma oportunidade de aprendizagem. "Embora não tenha sido o resultado que esperávamos, experiências de missão como a do Lunar Trailblazer ajudam-nos a aprender e a reduzir o risco para futuros satélites de baixo custo que realizam ciência inovadora, enquanto nos preparamos para uma presença humana sustentada na Lua", afirmou Nicky Fox, administradora associada da Direção de Missões Científicas da NASA.
A missão Lunar Trailblazer era um de vários voos espaciais comerciais planeados para viajar até à Lua durante o ano de 2025. Resta agora esperar que as restantes missões programadas tenham mais sucesso na exploração do nosso satélite natural.










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