
Há treze anos, o rover Curiosity da NASA aterrava com sucesso em Marte, mais precisamente na cratera Gale. A sua missão, inicialmente projetada para durar apenas dois anos, foi prolongada indefinidamente poucos meses após o início das operações. Agora, para celebrar este aniversário, o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA partilhou os novos truques e otimizações que garantem a longevidade do icónico explorador marciano.
A arte de gerir energia no Planeta Vermelho
O Curiosity depende de um sistema de energia chamado Gerador Termoelétrico de Radioisótopos para Múltiplas Missões (MMRTG), que utiliza a energia gerada pela decomposição de pastilhas de plutónio. Com o passar do tempo, este processo de decaimento torna o recarregamento da bateria do rover cada vez mais lento.
Para contornar este desafio, a equipa da NASA gere meticulosamente o orçamento energético diário do rover. Todas as tarefas que consomem bateria são cuidadosamente planeadas, consolidando atividades para encurtar o tempo em que o rover está ativo. Por exemplo, o Curiosity é instruído a comunicar com um orbitador enquanto se desloca ou move o seu braço robótico, em vez de executar cada tarefa separadamente. Se terminar as suas tarefas mais cedo, pode "dormir" mais cedo e recarregar para o dia seguinte, maximizando assim a vida útil do seu sistema de energia.
Um explorador veterano com novas habilidades
Ao longo dos últimos anos, a NASA implementou várias atualizações de software para otimizar o funcionamento do Curiosity. Foram feitas alterações na forma como a broca do seu braço robótico recolhe amostras e as suas capacidades de condução foram melhoradas. O JPL desenvolveu também um algoritmo específico para reduzir o desgaste das rodas do rover, garantindo que estas possam durar muito mais tempo.
Um legado de descobertas marcianas
Desde que aterrou em Marte, o Curiosity tem sido uma fonte inestimável de informação. Foi responsável pela descoberta de moléculas orgânicas na atmosfera e no solo marciano e detetou níveis surpreendentemente elevados de metano, um gás frequentemente associado a processos biológicos.
Além disso, o rover encontrou evidências de antigas mega-inundações no Planeta Vermelho, reforçando a ideia de que a água, um ingrediente essencial para a vida como a conhecemos, pode ter existido em abundância no passado de Marte.










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