
A Microsoft está a enfrentar um processo judicial devido ao fim iminente do suporte para o Windows 10. Um utilizador acusa a gigante de Redmond de estar a colocar em risco a segurança dos dados de milhões de clientes, numa manobra para monopolizar o mercado emergente dos computadores com Inteligência Artificial.
O fim do Windows 10 e a "bomba-relógio" da segurança
Com o suporte para o Windows 10 programado para terminar em outubro de 2025, milhões de utilizadores enfrentam um dilema. A atualização para o Windows 11 exige requisitos de hardware mais rigorosos, o que significa que cerca de 400 milhões de computadores pessoais serão considerados inelegíveis para o novo sistema operativo.
A recomendação oficial da Microsoft é que os utilizadores adquiram novo hardware, de preferência um PC Copilot+, preparado para as novas funcionalidades de IA. No entanto, para muitos, esta não é uma opção viável, criando o que a ação judicial descreve como uma "bomba-relógio" para a segurança digital. Deixar estes sistemas sem atualizações de segurança torna-os alvos fáceis para ciberataques.
A acusação: monopólio da IA à custa dos utilizadores
O processo, iniciado por Lawrence Klein, alega que a Microsoft está a usar o fim de vida do Windows 10 como uma tática para forçar a transição para um novo ecossistema e, assim, dominar o mercado de PCs com IA generativa. A acusação, divulgada pelo Courthouse News, afirma que a empresa está plenamente ciente das consequências.
O documento do processo sublinha que "milhões de utilizadores não irão comprar novos dispositivos ou pagar por suporte estendido". A queixa acrescenta que "estes utilizadores — alguns dos quais são empresas que armazenam dados sensíveis de consumidores — estarão em risco elevado de um ciberataque ou outro incidente de segurança de dados, uma realidade da qual a Microsoft está bem ciente."
O que pede o processo?
O objetivo final do processo judicial é forçar a Microsoft a prolongar o suporte ao Windows 10. A petição solicita que as atualizações de segurança continuem a ser disponibilizadas "até que o número de dispositivos a correr o sistema operativo caia abaixo de um patamar razoável".
Este caso, registado com o ID 25CU041477C, pode vir a ter um impacto significativo no futuro de milhões de utilizadores e empresas que ainda dependem do Windows 10, colocando em xeque a estratégia de transição acelerada da Microsoft para a era da Inteligência Artificial.










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