A batalha legal em torno do desenvolvimento de Subnautica 2 intensifica-se, com a Krafton a lançar um contra-ataque feroz. A gigante sul-coreana alega que os antigos executivos do estúdio Unknown Worlds "perderam o interesse" no desenvolvimento do jogo depois de terem vendido a empresa por uma soma milionária, optando por se focar em projetos pessoais.
Esta acusação surge em resposta ao processo judicial iniciado no mês passado pelos ex-líderes do estúdio, que acusam a Krafton de ter minado o lançamento do jogo para evitar o pagamento de um bónus substancial.
A resposta da gigante sul-coreana
Segundo a documentação legal apresentada pela Krafton e disponível no Scribd, a narrativa é bem diferente da apresentada pelos queixosos. A empresa afirma que, após a aquisição da Unknown Worlds por 500 milhões de dólares, com a promessa de um bónus adicional de 250 milhões de dólares dependente do desempenho, dois dos fundadores ter-se-ão desligado do projeto Subnautica 2.
A Krafton alega que Charlie Cleveland e Max McGuire se afastaram para se dedicarem a projetos pessoais, deixando o desenvolvimento do tão aguardado jogo em dificuldades.
Acusações de desinteresse e projetos pessoais
Os documentos detalham as acusações. A Krafton afirma que, entre 2024 e 2025, Cleveland terá admitido que "já não estava a trabalhar em jogos, mas [...] a trabalhar num par de filmes". Por sua vez, McGuire terá começado a "trabalhar em iniciativas que não se enquadram nas principais atividades de desenvolvimento da empresa".
Quanto a Ted Gill, o terceiro executivo envolvido, a acusação é que "permaneceu, focado em alavancar o seu controlo operacional para maximizar o pagamento do bónus, em vez de desenvolver um jogo de sucesso". A empresa defende que, sem a liderança de Cleveland e McGuire, o progresso de Subnautica 2 foi severamente prejudicado.
Um jogo que levaria "30 anos" a concluir
A situação terá atingido um ponto crítico perto do final do período de avaliação para o bónus. A Krafton cita o líder de desenvolvimento de Subnautica 2 na Unknown Worlds, que em março de 2025, apenas dois meses antes do lançamento previsto do primeiro Acesso Antecipado, terá notado que as duas primeiras fases de lançamento (a segunda planeada para dezembro de 2025) representariam apenas "cerca de 12% do nosso escopo pretendido para a versão 1.0".
De forma irónica, o mesmo responsável terá brincado que, "a esse ritmo, estaríamos em desenvolvimento durante 30 anos". Esta avaliação interna levou a Krafton a concluir que um adiamento do Acesso Antecipado era inevitável. Quando os três executivos discordaram da decisão, a Krafton despediu-os, dando origem à atual batalha que decorre nos tribunais do Delaware, nos EUA.
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