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Libreoffice desbloqueado

A The Document Foundation, organização por trás do popular LibreOffice, lançou uma nova ofensiva na sua longa batalha contra o domínio da Microsoft no mundo do software de produtividade. A fundação publicou um guia gratuito destinado a ajudar utilizadores e empresas a migrar dos formatos proprietários do Microsoft Office, como o .docx e .xlsx, para o Open Document Format (ODF), um padrão aberto e universal.

Esta iniciativa surge um mês depois de o LibreOffice ter acusado publicamente a Microsoft de utilizar formatos de ficheiro excessivamente complexos de forma deliberada, numa estratégia para "prender" os utilizadores aos seus produtos e dificultar a compatibilidade com alternativas.

A guerra dos formatos: ODF vs. OOXML

No centro da disputa estão dois padrões distintos. De um lado, o Office Open XML (OOXML) da Microsoft, a estrutura por trás dos ficheiros .docx (Word) e .xlsx (Excel). Do outro, o Open Document Format (ODF), um padrão aberto que não é controlado por uma única empresa.

Segundo a The Document Foundation, os formatos da Microsoft são "uma arma" para tornar a vida difícil aos produtos concorrentes, resultando frequentemente em problemas de formatação quando se tenta abrir um documento do Word no LibreOffice, por exemplo. No seu mais recente guia, publicado no blog oficial, a organização argumenta que os formatos proprietários não só limitam a liberdade do utilizador, como também comprometem a privacidade e ameaçam o acesso e a posse dos dados a longo prazo, em contraste com as especificações transparentes do ODF.

"Os formatos proprietários como o DOCX do Microsoft Word ou o XLSX do Excel dominam o ambiente de trabalho, mas, ao mesmo tempo, aprisionam os utilizadores a um fornecedor específico e às suas estratégias de negócio, que tendem a explorar os utilizadores ao máximo de todas as formas", afirma a fundação.

Como migrar do Microsoft Office para o formato aberto

O guia do LibreOffice detalha um processo de migração pensado para ser o mais suave possível. Os passos recomendados são os seguintes:

  • Compreender as vantagens do ODF: O primeiro passo é reconhecer os benefícios de um formato aberto, como a liberdade de escolha de software e maior segurança.

  • Fazer um inventário dos documentos: Separar os ficheiros ativos daqueles que são para arquivo, para priorizar a conversão.

  • Planear o fluxo de trabalho: Decidir se a conversão dos documentos será feita de uma só vez (em massa) ou de forma gradual.

  • Converter os ficheiros: O LibreOffice inclui uma função de exportação ("Guardar Como") para o formato ODF. Para grandes volumes de documentos, o guia sugere o uso de scripts de linha de comando. É crucial fazer uma cópia de segurança dos ficheiros originais antes de iniciar.

  • Monitorizar e definir como padrão: Após a conversão, é importante verificar os ficheiros e definir o ODF como o formato predefinido nas políticas internas da empresa para garantir que a mudança seja permanente.

Apesar de o Microsoft Office continuar a ser a ferramenta dominante em cenários empresariais exigentes, como a manipulação de tabelas dinâmicas complexas, o LibreOffice defende que a culpa não é da sua capacidade, mas sim das "estratégias de aprisionamento dos formatos proprietários". Para a maioria das tarefas pessoais e de escritório, o LibreOffice apresenta-se como uma alternativa mais do que capaz e, acima de tudo, livre.




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