1. TugaTech » Software » Noticias de Software
  Login     Registar    |                      
Siga-nos

Google Chrome

Numa decisão que abalou a indústria tecnológica, a Google saiu largamente vitoriosa na sua batalha legal contra o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ). O juiz Amit P. Mehta, do Tribunal Distrital dos Estados Unidos, emitiu um veredito que, embora imponha algumas restrições, rejeita as medidas mais drásticas exigidas pelo governo, como a venda forçada do Chrome e do Android.

A decisão foi um balde de água fria para os que esperavam uma reestruturação forçada do gigante das pesquisas, mantendo, em grande parte, o status quo do mercado.

Um gigante que não será desmembrado

A principal exigência do DOJ era que a Google fosse obrigada a vender o seu popular navegador Chrome e, possivelmente, até a divisão Android, para travar as suas práticas consideradas anti-competitivas. No entanto, o tribunal chumbou categoricamente este pedido.

Segundo a decisão, não foram encontradas provas suficientes de que a Google tenha utilizado estes ativos de forma ilegal para sufocar a concorrência. Esta é, sem dúvida, a maior vitória para a empresa, que evita assim um cenário de desmembramento com consequências imprevisíveis.

O polémico acordo com a Apple (e outros) pode continuar

Outro ponto central da acusação eram os milhares de milhões de dólares que a Google paga anualmente a empresas como a Apple e outros fabricantes para que o seu motor de busca seja o padrão nos seus dispositivos. O DOJ pretendia proibir estes pagamentos.

Contrariando as expectativas, o tribunal decidiu que a Google pode continuar com estes acordos. A justificação é que uma proibição total poderia prejudicar financeiramente os parceiros de distribuição, como a Mozilla, que depende largamente do seu acordo com a Google para sobreviver, e, em última análise, os próprios consumidores.

Nem tudo são vitórias: as concessões que a Google terá de fazer

Apesar das vitórias nos pontos mais críticos, a Google não escapou a algumas imposições. A empresa fica agora proibida de celebrar ou manter quaisquer contratos de "exclusividade" relacionados com a distribuição do seu motor de busca, do Chrome, do Assistente Google ou da aplicação Gemini.

Além disso, o tribunal determinou que a Google terá de partilhar certos dados do seu índice de pesquisa e de interação dos utilizadores com "Concorrentes Qualificados". No entanto, os dados relativos a publicidade, uma das áreas mais lucrativas da empresa, ficaram de fora desta obrigação.

Reação do mercado e dos rivais não se fez esperar

A reação de Wall Street foi imediata e positiva para a Google. As ações da empresa subiram 7% após o fecho do mercado, um sinal claro de que os investidores consideraram a decisão uma grande vitória.

Do outro lado da barricada, os rivais não esconderam a sua desilusão. O DuckDuckGo, um dos motores de busca focados em privacidade, expressou publicamente o seu descontentamento, afirmando que "as medidas ordenadas pelo tribunal não forçarão as mudanças necessárias para abordar adequadamente o comportamento ilegal da Google".

Com esta decisão, o cenário tecnológico mantém-se largamente inalterado. Resta agora saber se o Departamento de Justiça dos EUA irá recorrer do veredito nos próximos dias, prolongando uma das sagas judiciais mais importantes da era digital.




Aplicações do TugaTechAplicações TugaTechDiscord do TugaTechDiscord do TugaTechRSS TugaTechRSS do TugaTechSpeedtest TugaTechSpeedtest TugatechHost TugaTechHost TugaTech