
Sabia que a Google possui uma tecnologia de pesquisa interna chamada FastSearch? E não, não estamos a falar da antiga empresa com o mesmo nome, mas sim de uma ferramenta proprietária que serve de pilar para a validação das respostas geradas pela sua inteligência artificial, o Gemini. A existência desta tecnologia foi revelada em documentos judiciais relacionados com o processo de monopólio que a gigante tecnológica enfrenta nos Estados Unidos.
A descoberta foi destacada por Marie Haynes na rede social X, que partilhou excertos do documento do tribunal, oferecendo um vislumbre raro sobre o funcionamento interno dos modelos de IA da Google.
O que é a FastSearch?
Em termos simples, a FastSearch é uma versão mais rápida e simplificada do motor de pesquisa principal da Google. O seu principal objetivo é o "grounding", ou seja, fornecer uma base factual e validar as respostas do Gemini, garantindo que estas se baseiam em informação da web.
Segundo os documentos, a FastSearch consegue entregar resultados de forma mais célere porque recupera menos documentos do que a pesquisa tradicional. No entanto, esta velocidade tem um custo: a qualidade dos resultados é inferior quando comparada com os resultados completos e totalmente classificados da Pesquisa Google. Para o propósito de validar uma resposta de IA, contudo, esta abordagem parece ser suficientemente eficaz.
Como funciona e quem pode utilizá-la?
A tecnologia baseia-se em "sinais RankEmbed", um conjunto de sinais de classificação de pesquisa, para gerar resultados web abreviados e ordenados que o modelo de IA pode utilizar.
Para as empresas ou programadores que queiram usar uma funcionalidade semelhante, a Google não disponibiliza a FastSearch diretamente através de uma API. Em vez disso, a tecnologia está integrada numa oferta da Google Cloud chamada Vertex AI. Esta plataforma permite que terceiros usem a pesquisa da Google para validar as suas próprias aplicações de IA.
Contudo, mesmo os clientes do Vertex AI não recebem os resultados classificados pela FastSearch. Apenas lhes é fornecida a informação extraída desses resultados. A Google justifica esta limitação como uma medida para proteger a sua propriedade intelectual, mantendo a sua "arma secreta" bem guardada.










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