
O conselho de administração da Tesla deu luz verde, no passado dia 3 de setembro, a um novo e ambicioso plano de remuneração para o seu CEO, Elon Musk. Designado "Prémio de Desempenho do CEO de 2025", este pacote pode render a Musk uma verba astronómica a rondar os 900 mil milhões de dólares (cerca de 828 mil milhões de euros), caso consiga levar a fabricante de automóveis a atingir marcos operacionais e de capitalização bolsista sem precedentes.
Este novo plano surge depois de um anterior pacote de compensação ter sido anulado por um tribunal, que o considerou ilegal. Agora, a administração volta a apostar forte no seu líder, com o objetivo claro de o manter focado e motivado para a próxima fase de crescimento da empresa, que passa pela transição para uma gigante de inteligência artificial e robótica.
Metas colossais para um prémio histórico
Para desbloquear a totalidade deste prémio, Elon Musk terá de superar uma série de 12 metas de capitalização de mercado e outras 12 metas operacionais. O desafio começa com a tarefa de elevar o valor de mercado da Tesla para os 2 biliões de dólares, com objetivos subsequentes que sobem até à estratosférica marca de 8,5 biliões de dólares.
No campo operacional, os objetivos são igualmente desafiadores. O plano exige a entrega de 20 milhões de veículos, atingir 10 milhões de subscrições ativas do sistema de condução autónoma (FSD), entregar 1 milhão de robôs humanoides Optimus e ter uma frota de 1 milhão de Robotaxis a operar comercialmente. A estes juntam-se oito marcos financeiros baseados no EBITDA ajustado, que começam nos 50 mil milhões e vão até aos 400 mil milhões de dólares.
A justificação da Tesla para a aposta arriscada
Segundo os documentos submetidos pela empresa à entidade reguladora norte-americana, o conselho de administração acredita que manter e incentivar Elon Musk neste momento é essencial para a transição bem-sucedida da Tesla. A administração defende que Musk é motivado por desafios ousados que podem remodelar indústrias inteiras, em vez de formas de compensação convencionais.
"Reter e incentivar o Sr. Musk como Diretor Executivo neste momento crucial é essencial para a transição bem-sucedida da Tesla do seu papel de líder nas indústrias de veículos elétricos e energia renovável para se tornar um líder em IA, robótica e serviços relacionados", pode ler-se no documento.
Caso seja bem-sucedido, Elon Musk não só receberá o que seria o maior pacote de remuneração executiva da história, como também aumentaria a sua participação na empresa para quase 29%, conferindo-lhe um nível de controlo excecional. Este plano audacioso é uma clara demonstração da confiança da Tesla de que o futuro da empresa depende da liderança visionária de Musk.










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