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porco

A ciência dos xenotransplantes, a transplantação de órgãos de animais para seres humanos, acaba de dar um passo de gigante. A agência norte-americana FDA (Food and Drug Administration) autorizou a empresa de biotecnologia eGenesis a iniciar ensaios clínicos para o transplante de rins de porco em humanos. Esta decisão pode ser uma nova esperança para milhares de pessoas em lista de espera.

A eGenesis utiliza a revolucionária tecnologia de edição genética CRISPR para modificar os genes dos porcos. Estas alterações genéticas são cruciais para reduzir a probabilidade de o órgão ser rejeitado pelo sistema imunitário do recetor humano, um dos maiores desafios desta área da medicina.

Um estudo promissor com critérios rigorosos

A aprovação da FDA permite que a eGenesis avance com um estudo clínico dividido em três fases. Cada etapa irá incluir um número crescente de pacientes, desde que os resultados das fases anteriores sejam positivos e justifiquem a continuação da investigação.

Para serem elegíveis, os participantes terão de cumprir vários requisitos: sofrer de doença renal terminal, ter 50 anos ou mais, ser dependentes de diálise e estar inscritos na lista de espera para um transplante de rim. A urgência é evidente, uma vez que só nos Estados Unidos cerca de 86.000 pessoas aguardam por um rim, com um tempo de espera médio de três a cinco anos. No total, mais de 800.000 americanos vivem com doença renal terminal.

A eGenesis não está sozinha nesta corrida. A United Therapeutics, outra empresa que desenvolve porcos geneticamente modificados, vai também começar em breve a recrutar participantes para um estudo semelhante aprovado pela FDA.

Primeiros sucessos dão esperança à comunidade

O anúncio do ensaio clínico coincidiu com a notícia de mais um transplante bem-sucedido. Bill Stewart, um homem de 54 anos de New Hampshire, recebeu um rim de porco da eGenesis no passado dia 14 de junho. Antes da cirurgia, Stewart dependia de sessões de diálise três vezes por semana há mais de dois anos, com um tempo de espera agravado devido ao seu tipo de sangue raro. Recebeu alta hospitalar a 21 de junho e já não precisa de diálise.

"Somos muito poucos os que passaram por isto, e eles estão a escrever o protocolo à medida que avançamos, por assim dizer", disse Stewart à CNN. "Mas sinto-me bem."

Atualmente, o recetor que vive há mais tempo com um rim de porco é Tim Andrews, de 67 anos. Recebeu o órgão em janeiro e, mais de sete meses depois, continua livre de diálise. Casos como estes, com pacientes mais saudáveis, são fundamentais para os cientistas poderem avaliar a durabilidade e eficácia dos órgãos a longo prazo.

"Os avanços no xenotransplante estão a dar esperança à nossa comunidade de que novas opções poderão estar brevemente disponíveis para aqueles que mais precisam", afirmou Kevin Longino, CEO da National Kidney Foundation, no comunicado da eGenesis. "É gratificante saber que os pacientes estão a ser ouvidos."




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