
No Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, foi ativada uma nova e crucial ferramenta de apoio em Portugal. A linha 1411 entra em funcionamento para oferecer ajuda especializada a quem se encontra em sofrimento psicológico agudo, sendo um recurso vital na área da saúde mental.
Este novo serviço, embora integrado na estrutura da linha SNS 24, opera de forma totalmente autónoma, garantindo um atendimento focado e especializado.
Um serviço assegurado por especialistas
O atendimento da linha 1411 é realizado por uma equipa de psicólogos e enfermeiros com especialização em saúde mental e psiquiatria. Numa fase inicial, os profissionais que integram este serviço são provenientes da equipa de aconselhamento psicológico do SNS 24, tendo recebido formação específica em suicidologia para dar a melhor resposta a situações de crise.
A coordenação do serviço fica a cargo dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), que é também responsável pela formação contínua dos profissionais e pela divulgação da linha a nível nacional. A SPMS garante ainda que toda a informação clínica e pessoal partilhada pelos utentes será tratada com a máxima confidencialidade, em conformidade com a legislação de proteção de dados.
A importância de estar atento aos sinais
O suicídio é um grave problema de saúde pública em todo o mundo, com um impacto devastador nas famílias e na comunidade. Em Portugal, estima-se que, em média, três pessoas morram por dia em resultado de suicídio, um número que sublinha a urgência de ferramentas como a linha 1411.
Os pensamentos suicidas podem afetar qualquer pessoa, independentemente da idade ou género. É fundamental estar atento a sinais de alarme que possam indicar que alguém está em risco. Mudanças de comportamento, como dificuldades de concentração, isolamento súbito, variações de humor extremas ou irritabilidade frequente, podem ser um indício.
Outros sinais incluem alterações nos padrões de sono ou apetite, um aumento no consumo de álcool ou drogas, ou a perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas, como o trabalho, a escola ou passatempos. A pessoa pode também negligenciar a sua aparência pessoal.
Verbalmente, alguém em risco pode expressar sentimentos de desesperança, dizer que se sente um fardo para os outros ou que não vê solução para os seus problemas. Falar abertamente sobre querer morrer ou procurar ativamente formas de o fazer são sinais de alarme máximos, assim como organizar a vida, doar bens pessoais importantes ou preparar um testamento. Estas ações, especialmente após uma perda significativa recente, exigem atenção imediata.










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