A Oracle viu as suas ações dispararem após o fecho dos mercados, na sequência do anúncio de vários contratos de milhares de milhões de dólares. Agora, parece que o nome de um desses clientes gigantes foi revelado: a OpenAI.
Segundo informações avançadas pelo Wall Street Journal, a empresa por trás do ChatGPT assinou um acordo com a Oracle para a aquisição de 300 mil milhões de dólares em capacidade de computação ao longo de aproximadamente cinco anos. O contrato, que deverá ter início em 2027, posiciona-se como um dos maiores negócios de computação na nuvem alguma vez assinados, sublinhando o insaciável apetite por poder de processamento na era da inteligência artificial.
Até ao momento, a Oracle recusou-se a comentar a notícia, e a OpenAI não respondeu a um pedido de confirmação.
A corrida pela computação na era da IA
O desenvolvimento e treino de modelos de IA cada vez mais avançados exigem uma infraestrutura de servidores e processamento massiva. Este acordo monumental reflete a necessidade urgente da OpenAI em garantir a capacidade computacional necessária para não só manter os seus serviços atuais, como o ChatGPT, mas também para desenvolver as futuras gerações dos seus modelos de linguagem.
OpenAI diversifica para além da Microsoft
Este negócio marca um passo estratégico importante para a OpenAI, que procura diversificar os seus fornecedores de cloud. Durante muito tempo, a empresa manteve uma parceria quase exclusiva com a Microsoft, utilizando a sua plataforma Azure.
No entanto, a relação com a Oracle não é nova, tendo começado no verão de 2024. Desde janeiro, a OpenAI tem vindo a afastar-se de uma dependência única da Azure. A gigante da IA terá também assinado um acordo com a Google, sua principal concorrente no mercado, demonstrando que a necessidade de poder de computação se sobrepõe a qualquer rivalidade.
O papel no ambicioso Projeto Stargate
A aproximação à Oracle parece estar também ligada ao envolvimento da OpenAI no Projeto Stargate. Esta iniciativa ambiciosa, na qual a OpenAI, a SoftBank e a Oracle se comprometeram a investir 500 mil milhões de dólares, visa a construção de centros de dados domésticos ao longo dos próximos quatro anos. O objetivo é criar uma infraestrutura robusta para suportar o futuro da inteligência artificial.
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