1. TugaTech » Software » Noticias de Software
  Login     Registar    |                      
Siga-nos

Call of Duty 6

A inclusão de Call of Duty no Game Pass foi uma jogada de mestre para atrair jogadores, mas teve um preço bem salgado para a Microsoft. Segundo um novo relatório da Bloomberg, a gigante tecnológica terá abdicado de mais de 300 milhões de dólares em vendas diretas. A resposta? Um aumento de 50% no preço do Xbox Game Pass Ultimate, que parece ser a forma de passar a fatura aos consumidores.

A chegada de um dos maiores franchises do mundo a um serviço de subscrição no dia de lançamento era um sonho para muitos jogadores, mas para a Microsoft, a realidade financeira parece ter sido um balde de água fria.

Um sucesso com um custo elevado

Por um lado, a estratégia foi um sucesso estrondoso. Satya Nadella, o CEO da Microsoft, revelou que Call of Duty: Black Ops 6 teve o maior lançamento de sempre da saga, precisamente graças ao Game Pass. O serviço viu também o maior número de novas subscrições num só dia. Além disso, o site Tweaktown chegou a noticiar que Black Ops 6 foi "o título com maior receita na história do franchise".

Então, onde está o problema? O relatório da Bloomberg, que cita sete funcionários e ex-funcionários da Xbox, aponta para o óbvio: colocar o jogo no serviço de subscrição canibalizou as vendas, resultando numa quebra de receita direta de mais de 300 milhões de dólares (cerca de 306 milhões de euros) no ano passado.

A matemática da Microsoft e o aumento do Game Pass

Para compensar uma quebra desta magnitude, seriam necessárias cerca de 15 milhões de novas subscrições do plano Ultimate (ao preço antigo de 20 dólares mensais), distribuídas ao longo de vários meses. Embora Nadella tenha confirmado um recorde de adesões, os números parecem não ter sido suficientes para agradar aos executivos. O outro caminho seria um aumento nas microtransações, mas nem isso parece ter chegado.

Com tantos recordes de receita e subscritores, seria de esperar boas notícias. Mas não. A Microsoft anunciou um aumento de 50% no preço do Game Pass Ultimate, que entrará em vigor apenas 11 dias antes do lançamento de Black Ops 7. Coincidência? Dificilmente.

Quem manda na Xbox? A sombra das finanças

Há meses que se fala numa mudança de estratégia na Xbox, com um foco cada vez maior nas margens de lucro, em vez do simples crescimento. Nomes como Amy Hood, a diretora financeira da Microsoft, são apontados como a força motriz por trás desta visão mais agressiva. Decisões polémicas, como o encerramento do aclamado estúdio Tango Gameworks, parecem confirmar que quem manda já não é apenas a visão de Phil Spencer, mas sim a folha de cálculo.

Este aumento de preço surge numa altura delicada. Com a saga Battlefield a ganhar um novo fôlego, seria de esperar que a Microsoft quisesse baixar as barreiras de entrada no seu ecossistema, e não o contrário. "O Game Pass não teve o crescimento explosivo que a Microsoft antecipava pós-Activision, e eles perceberam que os custos de infraestrutura não se alinham com o modelo de preços", afirmou Joost Van Dreunen, da firma de análise Aldora, à Bloomberg.

A verdade é que o Xbox Game Pass continua a oferecer um catálogo impressionante, com jogos como Avowed, Doom: The Dark Ages ou o futuro Ninja Gaiden 4. No entanto, este aumento levanta uma questão importante: vale a pena pagar um valor premium por um "aluguer digital" quando se pode comprar os jogos que realmente se quer, muitas vezes em promoção? A mensagem da Microsoft parece clara: a entrada de Call of Duty no serviço tem um custo, e são os jogadores que o vão pagar.




Aplicações do TugaTechAplicações TugaTechDiscord do TugaTechDiscord do TugaTechRSS TugaTechRSS do TugaTechSpeedtest TugaTechSpeedtest TugatechHost TugaTechHost TugaTech