
A Apple removeu duas das mais populares aplicações de encontros LGBTQ+ da China, a Blued e a Finka, da sua App Store no país. A medida foi tomada na sequência de uma ordem direta da Administração do Ciberespaço da China (CAC), a principal entidade reguladora e censora da internet no país.
Segundo a Wired, as aplicações também já não se encontram disponíveis em determinadas lojas de aplicações Android no território chinês.
A justificação da Apple
Confrontada pela publicação norte-americana, a Apple emitiu uma declaração familiar, afirmando que deve "cumprir as leis dos países onde opera". Tanto a Blued como a Finka eram aplicações que operavam exclusivamente na China, um mercado onde as apps de encontros LGBTQ+ são cada vez mais escassas.
Um cerco crescente aos direitos LGBTQ+
Esta não é a primeira vez que apps desta natureza desaparecem da loja chinesa. O Grindr, por exemplo, não está disponível na App Store da Apple no país desde 2022.
A remoção reflete um aperto crescente aos direitos e grupos LGBTQ+ na China nos últimos anos. A Wired nota que grandes organizações, como o Centro LGBT de Pequim, terão sido alegadamente forçadas a encerrar portas em 2023.
Detalhes das aplicações removidas
A Blued, que opera internacionalmente sob a marca HeeSay, tinha já enfrentado um período conturbado. Em julho passado, por razões não divulgadas, a app suspendeu novos registos, o que levou à criação de um mercado paralelo de venda de contas em segunda mão. A plataforma reabriu os registos em meados de agosto, pouco tempo antes de ser agora removida.
A Blued e a Finka partilham a mesma empresa-mãe, a BlueCity, que é detida pela Newborn Town. Curiosamente, a BlueCity não opera apenas no espaço das redes sociais, tendo também atividade na área dos cuidados de saúde, incluindo uma organização sem fins lucrativos focada na prevenção e tratamento de doenças como o VIH/SIDA.










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