
A Google anunciou esta segunda-feira (10) uma nova métrica destinada a controlar o consumo de bateria das aplicações Android disponíveis na Play Store. Após cerca de seis meses de testes, esta solução, desenvolvida em parceria com a Samsung, vai monitorizar o tempo que uma app mantém o telemóvel ativo em segundo plano e alertar os utilizadores caso detete abusos que impactem a autonomia.
A métrica foca-se nos chamados "excessive partial wake locks" (travas excessivas de ativação parcial). Explicando de forma simples, as aplicações podem usar "wake locks" para impedir que o telemóvel entre em hibernação (mesmo com o ecrã desligado), permitindo-lhes realizar tarefas em segundo plano.
O que define um "comportamento excessivo"?
Segundo a Google, esta nova métrica, que funciona de forma semelhante à já aplicada às watch faces no Wear OS, considera um comportamento como "excessivo" quando uma aplicação acumula mais de duas horas de "wake locks" num período de 24 horas.

Foi estabelecido um limite claro para o "mau comportamento": se, ao fim de 28 dias, 5% das sessões de utilizador de uma determinada app forem consideradas excessivas, o Play Console (a plataforma de gestão da loja para programadores) emitirá um alerta. Este aviso sugerirá ao developer que investigue o problema, sendo que a consola foi melhorada para facilitar a identificação destas falhas.
O aviso chega aos utilizadores
Como forma de incentivar a rápida correção destes problemas, a Google vai mais longe. Se o programador não otimizar a sua aplicação, a página da app na Play Store passará a exibir um alerta público, informando os utilizadores que "essa app pode usar mais bateria que o esperado devido a uma alta atividade em segundo plano".

A empresa esclarece, no entanto, que haverá exceções. Aplicações de streaming de música, soluções de transferência de ficheiros ou outros serviços que necessitem de operar em segundo plano para benefício do utilizador (e que não possam ser mais otimizados) estarão isentos desta regra.
Esta mudança não será imediata. A Google deu um prazo alargado aos programadores para realizarem os ajustes necessários, com a nova política a entrar em vigor apenas a 1 de março de 2026. Mais detalhes e recomendações de boas práticas estão disponíveis no blog oficial do Android Developers.










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