
A Microsoft está finalmente a lançar uma nova funcionalidade de segurança para os clientes do Teams Premium, desenhada para impedir a captura de ecrã e a gravação de reuniões com conteúdo sensível.
A funcionalidade, chamada "Prevent screen capture" (Impedir captura de ecrã), tinha sido anunciada em maio de 2025 com um lançamento previsto para julho. No entanto, a implementação foi adiada e só agora, no início de novembro, começou a chegar aos utilizadores, devendo o processo estar concluído até ao final do mês.
Como funciona a nova proteção
O objetivo é restringir o acesso ao conteúdo visual da reunião. Em dispositivos Windows (desktop), qualquer tentativa de captura de ecrã, seja com ferramentas nativas ou apps de terceiros, resultará num retângulo preto a tapar a janela da reunião. Nos telemóveis e tablets Android, os utilizadores verão uma mensagem a informar que a captura de ecrã está restrita pelo organizador.
A Microsoft avisa, contudo, que noutras plataformas que não suportem esta proteção (como macOS ou web), os participantes que tentarem entrar numa reunião protegida serão limitados, juntando-se apenas em modo de áudio.
Controlo fica nas mãos dos organizadores
Esta proteção não vem ativa por defeito. Terá de ser ativada manualmente pelos organizadores ou co-organizadores da reunião para cada sessão individual, através das "Opções de Reunião" (Meeting Options). Para os administradores de TI, a gestão das licenças do Teams Premium e a inscrição dos dispositivos é feita através do Entra ID.
"O Microsoft Teams Premium irá introduzir a funcionalidade 'Prevent screen capture' até ao final de novembro de 2025", confirmou a Microsoft numa atualização no seu centro de mensagens (MC1140178).
Uma barreira útil, mas não infalível
É importante notar que, embora a funcionalidade bloqueie ferramentas de software, não é totalmente infalível. Informações sensíveis podem ainda ser capturadas simplesmente tirando uma fotografia ao ecrã com outro dispositivo.
Esta abordagem segue uma tendência de privacidade crescente. O WhatsApp, por exemplo, lançou recentemente a "Privacidade Avançada de Chats", que bloqueia a exportação de conversas e a gravação de multimédia partilhada em grupos e chats privados.
Este lançamento surge numa altura em que a Microsoft reforça a segurança geral do Teams, estando também a trabalhar em proteções melhoradas contra ficheiros e URLs maliciosos nos chats. A plataforma, que segundo dados do ano passado já conta com mais de 320 milhões de utilizadores ativos mensais, continua a ser um alvo prioritário para ataques.










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