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criptomoedas

As autoridades federais dos Estados Unidos anunciaram a criação de uma nova força-tarefa dedicada a desmantelar redes de cibercrime sediadas na China, responsáveis por fraudes de investimento em criptomoedas que roubam anualmente quase 9,3 mil milhões de euros (10 mil milhões de dólares) a cidadãos americanos.

A equipa, designada "Scam Center Strike Force", conta com agentes do Gabinete do Procurador dos EUA, do Departamento de Justiça (DOJ), do FBI e dos Serviços Secretos. Conforme detalhado no comunicado oficial do DOJ, o foco é investigar e processar grupos criminosos que operam burlas de investimento em criptomoedas em larga escala, conhecidas como "pig butchering" (abate de porco) ou "romance baiting" (iscos românticos), e campanhas de branqueamento de capitais a partir de complexos criminosos no Sudeste Asiático.

Esta unidade especial irá concentrar-se no rastreio de fundos ilícitos, na apreensão das criptomoedas dos burlões e na coordenação com parceiros internacionais para desmantelar a infraestrutura que suporta estas operações.

O esquema de "Pig Butchering"

As redes criminosas transnacionais chinesas por trás destas burlas utilizam as redes sociais e mensagens de texto para ganhar a confiança das vítimas. Após estabelecerem uma relação (muitas vezes romântica), convencem as vítimas a transferir fundos para plataformas de investimento fraudulentas.

Os burlões operam frequentemente a partir de complexos localizados no Camboja, Laos e Birmânia (Myanmar). Nestes locais, os trabalhadores são frequentemente vítimas de tráfico humano, mantidos contra a sua vontade e forçados a visar potenciais vítimas em todo o mundo. O Departamento de Justiça salientou que, em alguns destes países, as receitas geradas por estas fraudes chegam a representar quase metade do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

"Os centros de burlas estão a criar uma transferência de riqueza geracional da 'Main Street America' para os bolsos do crime organizado chinês", afirmou a Procuradora Jeanine Ferris Pirro. "No ano fiscal de 2025, os Serviços Secretos dos EUA responderam a aproximadamente 3.000 vítimas que nos contactaram relativamente a esquemas de investimento em criptomoedas", acrescentou Kyo Dolan, Diretor Assistente dos Serviços Secretos dos EUA.

Sanções e apreensões já em curso

Apesar de ter sido anunciada agora, a força-tarefa já apreendeu mais de 373 milhões de euros (401 milhões de dólares) em criptomoedas e iniciou processos de confisco para mais 74 milhões de euros (80 milhões de dólares) em fundos roubados. A equipa focada na Birmânia também apreendeu websites e procura agora mandados para confiscar terminais de satélite usados para branqueamento de capitais e outras fraudes.

Paralelamente, o Gabinete de Controlo de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro impôs sanções ao grupo armado Democratic Karen Benevolent Army (DKBA) e a quatro dos seus líderes seniores por operarem ciber-burlas na Birmânia que visam especificamente cidadãos dos EUA. Foram também sancionadas empresas sediadas na Tailândia (Trans Asia International Holding Group e Troth Star Company Limited) e um cidadão tailandês (Chamu Sawang), todos ligados ao financiamento das operações do DKBA.

Estas ações seguem-se a sanções anteriores contra o Karen National Army (KNA) e doze outras empresas. Em outubro, o DOJ já tinha apreendido 14 mil milhões de euros (15 mil milhões de dólares) em bitcoin ao líder do Prince Group, outra organização criminosa focada nestes esquemas.

O OFAC estima que os americanos perderam pelo menos 9,3 mil milhões de euros (10 mil milhões de dólares) em 2024 para operações de burla sediadas no Sudeste Asiático, um aumento de 66% em relação ao ano anterior.




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