
A constelação Copernicus acaba de ganhar um novo membro vital para a monitorização do nosso planeta. O satélite Sentinel-6B foi lançado com sucesso ontem, dia 16 de novembro, aproveitando a boleia de um foguetão Falcon 9 da SpaceX. A missão principal deste novo equipamento é fornecer dados precisos sobre a subida do nível do mar, uma métrica essencial para compreender e combater as alterações climáticas.
Olhos postos na subida das águas
Este novo satélite vem assegurar a continuidade do trabalho iniciado pelo seu antecessor, o Sentinel-6 Michael Freilich. A bordo, transporta tecnologia de altimetria de última geração, concebida para realizar medições rigorosas da superfície dos oceanos.
A precisão destes dados é crucial não apenas para a comunidade científica, mas também para a proteção civil. As informações recolhidas serão utilizadas para avaliar o impacto do aquecimento global nos oceanos e para prever e prevenir desastres naturais, como cheias e inundações, protegendo assim as populações que habitam em zonas costeiras. Além de mapear a evolução do nível das águas, o satélite recolhe ainda informações detalhadas sobre a altura das ondas e a velocidade do vento, contribuindo para uma meteorologia marítima mais exata.
Uma herança de três décadas
A vigilância do nível do mar a partir do espaço é uma tarefa que decorre ininterruptamente desde o início dos anos 90. Tudo começou com a missão Topex-Poseidon, uma colaboração histórica entre a França e os Estados Unidos, seguida posteriormente pela série de satélites Jason.
Embora o Sentinel-6B integre a família de satélites europeus Copernicus, a sua existência é fruto de uma vasta cooperação internacional. O projeto resulta de uma parceria entre a Agência Espacial Europeia (ESA), a NASA, a EUMETSAT (Organização Europeia para a Exploração de Satélites Meteorológicos) e a NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA), contando ainda com o apoio da agência espacial francesa CNES.
Segundo os detalhes partilhados pela ESA, este lançamento garante que não haverá lacunas na recolha de dados essenciais para a saúde do nosso planeta.










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