
O lançamento do iPhone Air e do Galaxy S25 Edge marcou um dos momentos mais polarizadores no mercado recente de smartphones. Poucos meses após a chegada destes dispositivos às lojas, surgiram vários relatórios a indicar que as vendas estariam muito abaixo das expectativas, levando tanto a Apple como a Samsung a reduzir a produção. No entanto, Mark Gurman, jornalista da Bloomberg, veio agora esclarecer a situação, oferecendo uma perspetiva diferente sobre o futuro do smartphone ultrafino da marca da maçã.
Na sua mais recente newsletter "Power On", Gurman refuta a ideia de que o sucessor deste modelo, o iPhone Air 2, tenha sido adiado devido a vendas dececionantes. Segundo o analista, a gigante tecnológica nunca teve nos seus planos lançar uma segunda geração já em 2026. Esta estratégia de ciclo de lançamento não anual seria, aliás, a razão pela qual a empresa optou por não batizar o dispositivo de "iPhone 17 Air", evitando assim a pressão de uma atualização anual obrigatória.
Foco na eficiência e não na estrutura
Para a próxima iteração deste modelo, a prioridade da Apple não passará por grandes alterações estruturais ou de design, mas sim pela eficiência interna. Gurman sugere que o iPhone Air 2 deverá integrar um processador de 2 nanómetros, uma evolução crucial para resolver um dos pontos mais criticados do modelo atual: a autonomia da bateria.
O jornalista mostra-se também cético em relação aos rumores recentes que indicam que a Apple planeia adicionar uma segunda câmara traseira ao próximo Air.
"Adicionar uma segunda câmara traseira para fotografias ultra grande angular é tecnicamente possível, mas considero essa ideia estranha. A área do 'planalto' do telemóvel (onde a câmara está localizada) já está bastante preenchida. Refazer toda essa secção apenas para adicionar a câmara menos utilizada do iPhone parece ser muito trabalho para um telemóvel que poucas pessoas estão a comprar", explicou Gurman.
Vendas dentro do previsto e o caminho para o dobrável
Apesar das notícias sobre cortes na produção, Gurman afirma que a Apple não foi apanhada de surpresa. A empresa estimava que as vendas do iPhone Air representassem entre 6% a 8% do total de novos iPhones vendidos, um valor alinhado com o desempenho do modelo iPhone 16 Plus anterior.
A realidade do mercado mostra que a maioria dos consumidores acabou por optar pelos modelos iPhone 17 standard ou Pro, que oferecem uma melhor relação custo-benefício, maior autonomia e conjuntos de câmaras mais versáteis.
No entanto, isto não significa o fim da linha para este formato. Gurman sublinha que a Apple não vai desistir do conceito, descrevendo o dispositivo atual como "essencialmente um exercício tecnológico e um protótipo a caminho do iPhone dobrável". Relatórios anteriores já sugeriam que o futuro iPhone dobrável da marca poderá partilhar grande parte do seu design e componentes internos com a arquitetura desenvolvida para o iPhone Air.










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