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Qualcomm Dragonwing IQ-X

A Qualcomm decidiu expandir a sua influência para além dos computadores de consumo e smartphones, apontando agora a mira ao setor industrial. A empresa revelou a nova série de processadores Dragonwing IQ-X, uma linha desenhada especificamente para ambientes industriais, automação e robótica, que herda a potente arquitetura Oryon que já conhecemos dos portáteis mais recentes.

Esta nova família de chips representa um passo estratégico para a Qualcomm, que procura fortalecer a sua presença em equipamentos que exigem alta durabilidade e eficiência, como painéis de controlo e máquinas de precisão.

Potência Oryon em ambiente extremo

A grande novidade desta linha é a integração dos núcleos de CPU Oryon, a mesma tecnologia que alimenta os SoCs Snapdragon para computadores Windows. A série Dragonwing IQ-X divide-se em duas categorias principais, cada uma com quatro variantes, para responder a diferentes necessidades de performance:

  • IQ-X7181: O modelo de topo, equipado com 12 núcleos, traçando um paralelo direto com o Snapdragon X Elite.

  • IQ-X5121: Uma opção mais equilibrada com 8 núcleos, semelhante ao Snapdragon X Plus.

Ambos os modelos atingem velocidades de relógio até 3,4 GHz e integram uma Unidade de Processamento Neural (NPU) capaz de 45 TOPS. Este poder de processamento local é crucial para tarefas de Inteligência Artificial na ponta (Edge AI), como visão computacional em linhas de montagem ou robótica avançada.

 

Onde estes chips realmente brilham é na sua resistência. Ao contrário dos processadores domésticos, os Dragonwing IQ-X foram construídos para operar em temperaturas que vão dos -40 °C aos 105 °C, garantindo fiabilidade em condições adversas. A marca promete ainda uma longevidade de suporte de 10 anos, um fator crítico para a indústria.

Eficiência energética e suporte de software

Segundo o comunicado oficial da Qualcomm, estes novos processadores consomem até três vezes menos energia do que as soluções dos "concorrentes líderes" em tarefas de IA local — uma provável referência à NVIDIA, que tem uma forte presença neste setor.

No que toca à conectividade, a série não desilude, oferecendo suporte para USB 4 (40 Gbps), USB 3.2 Gen 2, GPIO e 16 pistas PCIe, permitindo uma vasta gama de periféricos industriais.

No entanto, há um detalhe no software que pode levantar sobrancelhas. A Qualcomm destacou o suporte para o Windows 11 IoT Enterprise LTSC, juntamente com ferramentas como Qt, CODESYS e EtherCAT. Curiosamente, a ausência de menção explícita a distribuições Linux no anúncio inicial pode ser um ponto de fricção, dado que o sistema operativo de código aberto é amplamente utilizado em infraestruturas industriais.

Os novos processadores estarão disponíveis nos próximos meses através de parceiros de hardware como a Advantech, congatec e SECO, sendo compatíveis com módulos padrão da indústria para facilitar upgrades e reparações.




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