
O ciclo de desenvolvimento do próximo kernel continua a avançar e, cumprindo a tradição de domingo, Linus Torvalds disponibilizou a sétima versão candidata a lançamento (rc7). Apesar de alguns percalços de última hora, o desenvolvimento do Linux 6.18 parece estar no bom caminho para a sua conclusão iminente.
De acordo com o anúncio feito por Linus Torvalds, a semana passada não foi isenta de sustos, tendo sido detetadas algumas regressões no núcleo da memória virtual (VM) mesmo no final do prazo. Felizmente, a causa destes problemas foi identificada como trivial e a correção foi aplicada rapidamente, evitando o que poderia ter sido um atraso aborrecido no calendário.
Estabilidade e correções de última hora
Torvalds destaca que, apesar do incidente com a memória virtual, o kernel encontra-se em boa forma. Um indicador positivo é o facto de este rc7 ser um conjunto de alterações menor do que o anterior (rc6), o que geralmente sinaliza que o código está a estabilizar conforme nos aproximamos da data de lançamento.
A atualização desta semana é descrita como "maioritariamente normal", focando-se nas habituais correções de drivers, com destaque para componentes de GPU e rede. Foram também implementadas correções de arquitetura para LoongArch, MIPS e ARM64, bem como atualizações na pilha de rede, ferramentas de desenvolvimento e documentação.
Um ponto curioso mencionado por Torvalds refere-se a um patch no SELinux que se destacou não pela sua complexidade técnica, mas sim por envolver uma renomeação de variáveis, necessária para resolver uma confusão de nomenclatura que estava a causar bugs.
Lançamento final e o futuro Linux 6.19
Se não surgirem problemas inesperados durante esta semana, a versão final do Linux 6.18 deverá ser lançada no próximo dia 30 de novembro. Após esse marco, abrir-se-á a habitual janela de duas semanas para a incorporação de novas funcionalidades, dando início ao ciclo de desenvolvimento do Linux 6.19.
É importante notar que o ciclo da versão 6.19 será ligeiramente atípico. Torvalds avisou que o lançamento desta versão futura demorará mais tempo a chegar, uma vez que a cimeira de mantenedores do kernel irá decorrer durante esse período, o que deverá atrasar o processo em cerca de uma ou duas semanas.
Como é habitual, a chegada do novo kernel aos utilizadores finais dependerá da distribuição que utilizam. Quem utiliza sistemas "bleeding edge" como o Arch Linux ou o Fedora deverá ter acesso à novidade pouco tempo após o lançamento. Por outro lado, utilizadores de distribuições com ciclos mais conservadores, como o Debian, Ubuntu ou Linux Mint, terão de aguardar mais algum tempo até que a atualização seja disponibilizada nos seus repositórios oficiais.










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