
A nova geração de consolas portáteis da Nintendo trouxe consigo uma evolução necessária na velocidade de armazenamento, mas esta mudança tecnológica está a colidir frontalmente com uma crise de componentes no mercado global. A Nintendo Switch 2, tal como a sua antecessora, permite a expansão de memória, mas a exigência de um novo padrão de cartões está a dificultar a vida aos jogadores.
Adoção do formato MicroSD Express e a escalada de preços
Para garantir tempos de carregamento mais rápidos e uma performance superior, a nova consola utiliza o formato MicroSD Express. Embora esta tecnologia ofereça velocidades de leitura e gravação significativamente superiores às dos cartões convencionais, a sua disponibilidade está a ser severamente afetada pela atual instabilidade do mercado de memórias.
Não é novidade que os preços destes componentes têm vindo a escalar de forma exponencial. As fabricantes estão com dificuldades em responder à procura, o que resulta inevitavelmente num aumento do custo final para o consumidor nos produtos que dependem destes chips. No entanto, o cenário atual é agravado por um "predador" de recursos insaciável: a Inteligência Artificial.
O impacto da IA no stock global
De acordo com uma entrevista realizada pela IT Media a um proprietário de uma loja de tecnologia, a escassez não se deve apenas ao aumento da procura por parte dos consumidores comuns, que procuram capacidades cada vez maiores. O grande problema reside nas empresas de IA, que estão a absorver massivamente componentes de armazenamento, desde HDDs e SSDs até aos cartões MicroSD.
"Parece que os modelos de grande capacidade estão a ser sugados para uso de IA, então não estamos a conseguir obter nenhum stock", revelou o lojista. A situação é descrita como um ciclo vicioso onde, mesmo que o preço suba, as unidades disponíveis esgotam-se quase imediatamente assim que chegam às prateleiras. Desde o anúncio da consola que a dificuldade em encontrar estes cartões a preços acessíveis tem vindo a piorar.
O dilema dos jogos físicos e digitais
A situação torna-se mais crítica para o consumidor final devido às práticas atuais de distribuição de jogos. Mesmo optando por adquirir jogos em formato físico, muitos títulos incluem apenas uma chave de download na caixa, obrigando o utilizador a descarregar o jogo completo para a consola.
Segundo avança a Wccftech, isto deixa os jogadores "sem ter para onde correr": ou enfrentam os preços inflacionados dos cartões MicroSD Express específicos para a consola, ou são forçados a fazer uma gestão rigorosa do armazenamento interno disponível, apagando e reinstalando jogos frequentemente.










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