A indústria automóvel chinesa parece estar imparável e encaminha-se para fechar o ano de 2025 com números históricos, impulsionados tanto pelo mercado interno como por uma força exportadora sem precedentes. As projeções mais recentes indicam que o volume total de vendas deverá ultrapassar a barreira dos 34 milhões de unidades, consolidando a posição do país como o maior exportador mundial de veículos.
De acordo com Chen Xu, secretário-geral adjunto da Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis (CAAM), este crescimento é sustentado fortemente pelos Veículos de Nova Energia (NEVs), que deverão representar cerca de 16 milhões de unidades do total previsto. Estes dados confirmam a aceleração da transição energética no setor automóvel da China, que continua a ganhar quota de mercado global.
Exportações em alta velocidade
Um dos destaques mais impressionantes destas previsões reside na capacidade de exportação. A CAAM acredita que as exportações de automóveis fabricados na China poderão superar os 6,8 milhões de unidades em 2025. Para colocar estes números em perspetiva, basta olhar para o histórico recente: em 2024, as exportações fixaram-se nos 5,86 milhões, enquanto em 2023 foram de 4,91 milhões e, em 2022, de apenas 3,11 milhões.
Os dados relativos aos primeiros 10 meses de 2025 já mostram esta tendência de crescimento, com as exportações a atingirem os 5,62 milhões de veículos, o que representa um aumento de 15,7% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Este aumento na procura externa, tanto por veículos convencionais como pelos novos modelos elétricos e híbridos, reflete-se também no valor financeiro. Nos primeiros 10 meses do ano, o valor das exportações de veículos chineses atingiu os 798,39 mil milhões de yuans (aproximadamente 107 mil milhões de euros), um salto de 14,3% em termos homólogos, segundo as informações avançadas pelo CarNewsChina.
Produção robusta e liderança global
O mercado doméstico chinês mantém-se igualmente robusto. A produção total de automóveis entre janeiro e outubro de 2025 roçou os 27,7 milhões de unidades, refletindo um crescimento de 13,2% face ao ano anterior.
Com as exportações a assumirem uma fatia cada vez maior da produção total, as fabricantes chinesas estão a consolidar a sua presença internacional a uma escala que nenhum outro país consegue atualmente acompanhar. Se as previsões da CAAM para o final do ano se confirmarem, com quase 7 milhões de veículos enviados para o estrangeiro, a China reforçará inequivocamente o título de maior exportador mundial de automóveis por volume, um marco que alcançou pela primeira vez em 2024.
A expansão das redes de distribuição no estrangeiro e o aumento da escala da cadeia de abastecimento são apontados como fatores críticos para este sucesso contínuo, numa altura em que a concorrência global no setor automóvel está mais feroz do que nunca.
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