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ransomware em computador

Imagine uma fábrica inteira parada, máquinas silenciosas e linhas de montagem estagnadas, não por uma avaria mecânica, mas por um bloqueio digital. Este é o cenário de pesadelo que tem assolado o setor industrial este ano. Segundo uma nova análise revelada pela Kaspersky, em colaboração com a VDC Research, os ataques de ransomware a organizações de fabrico poderão ter gerado prejuízos superiores a 18 mil milhões de dólares apenas nos primeiros três trimestres de 2025.

Este valor astronómico reflete apenas os custos diretos associados à paragem das operações e "workloads" inativos. Se considerarmos os impactos operacionais totais, as multas, os danos na reputação e a recuperação dos sistemas, a fatura final será certamente muito mais elevada.

O custo do silêncio nas linhas de montagem

O relatório destaca uma realidade dura para os gestores industriais: quando o ransomware ataca, a produção para. Em média, um ataque deste género resulta em cerca de 13 dias de inatividade, um período de tempo que, no mundo "just-in-time" da indústria moderna, representa uma eternidade.

Durante este tempo, as empresas continuam a pagar salários e custos fixos sem produzir uma única unidade. A análise regional destes custos laborais desperdiçados pinta um quadro preocupante:

  • Ásia-Pacífico (APAC): A região mais afetada financeiramente, com perdas estimadas em 11,5 mil milhões de dólares.

  • Europa: As fábricas europeias sofreram um impacto de 4,4 mil milhões de dólares.

  • América Latina: Prejuízos na ordem dos 711 milhões de dólares.

  • Médio Oriente: Perdas de 685 milhões de dólares.

Jared Weiner, diretor de pesquisa na VDC Research, alerta que a "crescente complexidade dos ambientes industriais", aliada à falta de especialistas, torna difícil para as empresas gerirem a sua cibersegurança de forma eficaz. No entanto, falhar nesta proteção resulta invariavelmente em perdas financeiras severas.

Ninguém está a salvo: O mapa global das ameaças

Os dados da Kaspersky Security Network para o período entre janeiro e setembro de 2025 mostram que nenhuma geografia escapou à mira dos cibercriminosos. O Médio Oriente liderou o ranking de deteções, com tentativas de ataque em 7% das organizações de fabrico, seguido de perto pela América Latina (6,5%) e pela região APAC (6,3%). A Europa, embora com uma percentagem menor (3,8%), continua a ser um alvo prioritário devido ao elevado valor das suas indústrias.

Dmitry Galov, do centro de pesquisa da Kaspersky, sublinha que até os fabricantes de média dimensão, que antigamente passavam despercebidos, estão agora na lista de alvos. Isto acontece porque, muitas vezes, possuem orçamentos de segurança mais limitados, mas a sua paragem pode causar um efeito dominó na cadeia de abastecimento global, tornando-os vítimas lucrativas para quem utiliza malware para extorsão.

Para mitigar estes riscos, os especialistas recomendam uma abordagem de defesa em profundidade. Isto inclui a ativação de proteção contra ransomware em todos os terminais ("endpoints"), o uso de soluções dedicadas para ambientes industriais (OT) e o investimento contínuo na formação dos colaboradores. Proteger os dados sensíveis e garantir a continuidade das operações deixou de ser uma questão apenas de TI para se tornar um imperativo de sobrevivência do negócio.




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