
Após ter surgido brevemente e de forma inadvertida no site oficial da fabricante, o muito aguardado AMD Ryzen 7 9850X3D volta a ser notícia, desta vez através de supostos testes de desempenho detetados na base de dados do Geekbench 6.3. Estes novos registos confirmam algumas das melhorias esperadas face ao seu antecessor, nomeadamente nas frequências de relógio, mas apresentam pontuações que estão a gerar algum debate na comunidade tecnológica.
Os testes, que datam de novembro, foram executados em duas configurações distintas de motherboard: uma Colorful B850M GAMING FROZEN V14A e uma MAXSUN B850M ITX. Em ambos os cenários, o processador estava acompanhado por 32 GB de memória RAM, a operar a uma velocidade de 4.800 MT/s.
Um "turbo" de 5,6 GHz
Tal como se esperava, as especificações técnicas listadas no Geekbench alinham-se com as fugas de informação anteriores. O novo chip mantém a estrutura de 8 núcleos e 16 threads, baseada na arquitetura Zen 5, e oferece um total de 96 MB de cache L3 (combinando os 32 MB de L3 padrão com 64 MB de 3D V-Cache). O TDP configurável permanece nos 120 W.

A grande novidade reside na frequência de operação. Enquanto o popular 9800X3D, lançado em outubro do ano passado, atingia um boost máximo de 5,2 GHz, o novo modelo Ryzen 7 9850X3D consegue chegar aos 5,6 GHz. Este aumento de 400 MHz representa um salto significativo e sugere que a AMD conseguiu refinar ainda mais o desempenho desta linha focada em gaming.
Resultados abaixo do esperado?
Apesar das especificações promissoras, os números apresentados nestes testes preliminares deixam algumas dúvidas no ar. Na configuração com a motherboard Colorful, o processador obteve 3.439 pontos em single-core e 17.530 pontos em multi-core. Já no sistema MAXSUN, os valores ficaram-se pelos 3.260 pontos (single-core) e 16.149 pontos (multi-core).
Conforme reportado pelo Wccftech, estes resultados são estranhamente semelhantes, ou até ligeiramente inferiores, à média do atual 9800X3D, que ronda os 3.334 pontos em single-core e 18.335 pontos em multi-core.
Existem duas explicações plausíveis para este cenário: ou estamos perante registos falsificados, ou o hardware de teste estava a limitar o desempenho do processador. O uso de memórias a 4.800 MT/s, uma velocidade considerada lenta para os padrões atuais dos Ryzen 9000, juntamente com uma provável falta de otimização da BIOS para este chip ainda não lançado, poderá estar a criar um "gargalo" nos resultados finais.
De qualquer forma, todas as dúvidas deverão ser esclarecidas muito em breve. A AMD confirmou uma apresentação para a CES 2026, agendada para o dia 5 de janeiro (já na madrugada de dia 6 em Portugal Continental), onde deveremos conhecer oficialmente todo o potencial deste novo componente.










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