
A gigante tecnológica continua a sua expansão agressiva no mercado da inteligência artificial. A Meta anunciou a aquisição da Limitless, a startup anteriormente conhecida como Rewind, famosa pelo seu pendente alimentado por IA capaz de gravar conversas. O negócio marca uma mudança significativa para a startup, que confirmou o fim imediato da venda dos seus dispositivos físicos.
Esta movimentação reforça a aposta de Mark Zuckerberg em dominar o ecossistema de assistentes pessoais e hardware integrado, numa altura em que a competição com outras grandes empresas tecnológicas está mais renhida do que nunca.
O fim do pendente e mudanças para os utilizadores
Com esta aquisição, a Limitless altera drasticamente o seu modelo de negócio. A empresa declarou que deixará de comercializar o seu hardware, um pendente que podia ser usado como um colar ou preso à roupa para captar áudio ambiente. No entanto, os utilizadores atuais não ficarão desamparados de imediato: a empresa garantiu a manutenção do suporte para os dispositivos existentes durante um ano.
Além disso, o modelo de subscrição sofre alterações benéficas para os consumidores atuais. Os clientes deixarão de pagar mensalidades e serão migrados automaticamente para o "Plano Ilimitado" durante este período de transição. Em contrapartida, outras funcionalidades serão descontinuadas progressivamente, incluindo o software "Rewind" original, que gravava a atividade do ecrã do computador para criar um registo pesquisável de tudo o que o utilizador fazia.
Para quem se preocupa com a privacidade dos seus dados, a Limitless informou que oferecerá ferramentas para exportar todas as informações ou, em alternativa, permitir que os utilizadores apaguem os seus dados diretamente através da aplicação.
Uma visão partilhada de "superinteligência"
A decisão de venda parece alinhar-se com as dificuldades de manter uma startup de hardware num mercado onde gigantes como a OpenAI e a própria Meta estão a investir milhares de milhões. Dan Siroker, cofundador da Limitless, explicou que a empresa partilha da visão da Meta de trazer uma "superinteligência pessoal para todos".
Siroker, que também cofundou a Optimizely, destacou que o cenário tecnológico mudou radicalmente nos últimos cinco anos. Se antes a ideia de hardware de IA era vista como algo marginal, hoje tornou-se um campo de batalha central para as maiores empresas do mundo. A integração da equipa da Limitless na Meta deverá focar-se no apoio aos produtos existentes da gigante das redes sociais, como os óculos inteligentes Ray-Ban Meta, em vez de lançar um novo pendente independente.
A notícia foi confirmada oficialmente pela empresa, conforme reportado pelo TechCrunch, embora os valores do negócio não tenham sido divulgados até ao momento.










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