A Microsoft iniciou a implementação de uma mudança estrutural no seu sistema operativo que promete simplificar a vida dos utilizadores. A gigante tecnológica começou a distribuir, através dos canais Dev e Beta do Windows 11, a nova "Unified Update Orchestration Platform" (UOP), uma plataforma desenhada para centralizar e coordenar a atualização de aplicações, mesmo aquelas que não dependem da loja oficial.
O fim das atualizações intrusivas no PC?
A grande promessa da UOP é permitir que as aplicações se atualizem a si próprias de forma mais eficiente e inteligente. Em vez de termos vários atualizadores a correr em segundo plano de forma desordenada, o Windows passa a assumir o papel de "maestro", coordenando as instalações com base no estado do sistema e na utilização do dispositivo. O objetivo é evitar aquelas quebras de desempenho ou reinícios inoportunos enquanto o utilizador está a trabalhar ou a jogar no PC.
O que distingue esta abordagem é que o sistema não substitui o backend dos programadores. As aplicações mantêm os seus próprios mecanismos de atualização, mas o agendamento e a execução passam a ser geridos de forma unificada pelo sistema operativo. Isto permitirá, teoricamente, criar um histórico único de atualizações, centralizando informações que até agora estavam dispersas por vários locais.
Uma tecnologia ainda "verde" e novidades na IA
Apesar do potencial, a implementação está numa fase muito inicial. Conforme detalhado pela PC Gamer, a própria Microsoft admite que a funcionalidade ainda não está completa e, neste momento, não existe nenhuma aplicação a utilizar ativamente a UOP. O suporte será adotado gradualmente e o conjunto de ferramentas (API toolkit) necessário para os programadores será divulgado numa data posterior.
Além desta nova orquestração de atualizações, a versão recente do Windows traz também suporte nativo ao "Model Context Protocol". Esta novidade visa facilitar a integração de fluxos de IA diretamente nas aplicações. Outra melhoria bem-vinda surge no menu "Abrir com", que passa a sugerir softwares mais adequados para abrir ficheiros, deixando de limitar as sugestões à pesquisa na Microsoft Store. Resta agora esperar pelos próximos meses para ver se a indústria adota este novo modelo unificado.
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