Depois do presidente Donald Trump ter começado a aplicar as novas taxas sobre a importação de vários países, para os EUA, as empresas começaram a traçar planos para contornar as mesmas. A Apple vai ser uma das principais afetadas, e ao que parece, a empresa já possui alguns planos em mente para tentar evitar ao máximo as taxas elevadas.
A ideia de Trump passa por levar as empresas a produzirem mais no mercado doméstico, neste caso nos EUA, e evitarem a importação de produtos externos. No entanto, esta tarefa é mais complicada de aplicar do que propriamente o referido por Trump, portanto muitas fabricantes estão agora a procurar alternativas.
A Apple parece estar agora a ponderar começar a mudar uma grande parte da sua produção para as linhas do Brasil, como forma de aproveitar as taxas mais baixas da região. Segundo a publicação Exame, várias fontes próximas da Apple apontam que os planos passam por mudar uma grande parte da produção para o Brasil, o mais rapidamente possível, evitando as importações da China e Índia.
A Apple parece ser uma das empresas que vai ser mais afetada pelas medidas de Trump, tendo em conta que importa uma vasta quantidade de produtos diretamente da China. As previsões mais recentes apontam que o preço dos iPhones pode aumentar entre 30 a 40% derivado das novas taxas.
A Índia, que foi um dos países afetados pelas novas taxas, e que tem sido também um foco da Apple para a produção nos últimos anos, vai ter uma taxa de 26% a partir de 5 de Abril. A Apple vende quase 220 milhões de iPhones por ano, sendo que uma grande parte encontra-se fabricada na Índia, ou os seus principais componentes.
O Brasil pode ser uma das pontes para escapar aos preços mais elevados, tendo em conta que a Apple já conta com uma linha de produção na Foxconn da região. Esta linha iria ser responsável por produzir os componentes do iPhone 16, embora os associados com o modelo Pro ainda teriam de ser importados.
Embora a produção no Brasil possa não ajudar diretamente a reduzir os preços finais dos produtos da Apple, tanto nos EUA como no Brasil, pode ajudar a empresa a evitar os custos mais elevados de produção de outras fontes – embora ainda se espere que estes venham a ser sentidos.
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