
A Google parece estar cansada de correr atrás das suas rivais no competitivo mercado de processadores para smartphones. Um novo relatório indica que a gigante tecnológica planeia um salto ambicioso para o processo de fabrico de 2nm da TSMC com o seu futuro chip Tensor G6, que deverá equipar a série Pixel 11 em 2026. Esta mudança de estratégia pode, pela primeira vez, colocar a Google à frente da Qualcomm na corrida tecnológica.
De seguidor a líder? O historial dos chips Tensor
A caminhada da Google no mundo dos processadores, iniciada em 2021, tem sido marcada por um constante, embora curto, desfasamento tecnológico face à concorrência. O Tensor original, no Pixel 6, usava um processo de 5nm da Samsung, tecnologia que foi mantida no Tensor G2 no ano seguinte, numa altura em que o Snapdragon 8 Gen 2 já tinha transitado para os 4nm.
A Google só conseguiu igualar a marca no ano seguinte, com o Tensor G3 a adotar os 4nm, um processo que se mantém no atual Tensor G4. No entanto, os chips mais recentes da Qualcomm e da MediaTek já operam nos 3nm. A primeira grande mudança nesta tendência acontecerá ainda este ano, com o lançamento do Tensor G5, que marcará a transição da Google para a TSMC e para o seu processo de 3nm.
Um salto estratégico que pode colocar a Google na vanguarda
A verdadeira surpresa parece estar guardada para 2026. Segundo novas informações, avançadas pela publicação taiwanesa CTEE e divulgadas pelo analista @dnystedt, a Google não pretende ficar-se pela simples paridade. Ao planear usar o processo de 2nm da TSMC para o Tensor G6, a empresa não só recupera o terreno perdido como se posiciona para ultrapassar os seus concorrentes diretos.
Se a informação se confirmar, a Google poderá bater a Qualcomm nesta corrida, uma vez que se espera que o próximo chipset Snapdragon 8 Elite ainda seja fabricado num processo de 3nm. Um Snapdragon de 2nm só chegaria ao mercado meses depois do lançamento do Tensor G6. No entanto, o cenário competitivo permanece complexo, com rumores a sugerir que a Qualcomm poderá usar a TSMC para uma versão de 3nm do seu próximo topo de gama, enquanto a Samsung poderá produzir uma versão exclusiva de 2nm para os seus próprios dispositivos Galaxy.
Por agora, as atenções estão viradas para a primeira grande prova desta nova parceria: a estreia do Tensor G5 nos 3nm da TSMC no final deste ano. Contudo, este olhar para o futuro revela uma Google mais agressiva e determinada a ditar as regras no que toca à inovação em hardware.










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