
Com o lançamento de Donkey Kong Bananza cada vez mais próximo, a Nintendo veio a público reconhecer algo que já preocupava alguns fãs: o jogo vai sofrer com problemas de performance em certos momentos na nova Nintendo Switch 2. No entanto, os criadores garantem que a prioridade é, e sempre será, a diversão.
A sinceridade da Nintendo sobre o desempenho
Numa entrevista recente com o La Vanguardia, Kazuya Takahashi, o diretor de Donkey Kong Bananza, abordou diretamente as preocupações sobre a fluidez do jogo. "Estamos cientes de que, em alguns momentos com muitas explosões, o desempenho possa cair um pouco", afirmou.
Esta admissão confirma as impressões de quem já experimentou o título, que relatam um funcionamento geralmente suave, mas com quedas notórias na taxa de fotogramas (framerate) durante sequências de maior caos visual, como grandes explosões ou destruição de cenários em larga escala.
A tecnologia Voxel e o seu preço a pagar
A principal causa para estas quebras de fluidez reside na tecnologia que serve de base ao jogo. Donkey Kong Bananza utiliza uma tecnologia baseada em voxels para criar os seus cenários amplamente destrutíveis, uma das principais novidades e atrativos do jogo. Takahashi admitiu que "a destruição baseada em voxels pode causar quebras de desempenho durante alterações de grande escala".
Esta tecnologia é exigente para qualquer hardware, especialmente para uma consola portátil como a Nintendo Switch 2, que utiliza um processador personalizado Nvidia Tegra T239. Embora este chip suporte tecnologias de otimização de imagem por IA da Nvidia, o nível de destruição que o jogo permite leva o hardware ao seu limite.
Jogabilidade acima de uma fluidez perfeita
Apesar dos soluços técnicos, a equipa de desenvolvimento insiste que o foco principal é a experiência de jogo. Para mitigar a sensação de lentidão, foram introduzidos efeitos como paragens de impacto e câmara lenta, que, segundo os criadores, são intencionais. "Alguns efeitos visuais como a câmara lenta são intencionais para enfatizar os impactos", explicou Takahashi.
A filosofia da Nintendo é clara, com o diretor a sublinhar: "Priorizamos a satisfação da jogabilidade em vez de um desempenho perfeito nesses momentos".
O desenvolvimento de Donkey Kong Bananza começou em 2017, pouco depois do lançamento de Super Mario Odyssey, e estava inicialmente previsto para a Switch original. Com a confirmação da Nintendo Switch 2, a equipa decidiu mudar de rumo e apostar na tecnologia voxel para tirar partido da nova consola. O jogo, que se baseia no design de níveis abertos e na jogabilidade de plataformas 3D de Super Mario Odyssey, tem data de lançamento marcada para 17 de julho de 2025.










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