
A BYD anunciou uma jogada estratégica que promete agitar o mercado de veículos elétricos no continente europeu. A marca chinesa confirmou que o seu modelo citadino, o Dolphin Surf, será o primeiro a ser produzido na sua nova fábrica na Hungria, num esforço claro para contornar as tarifas de importação impostas pela União Europeia.
O anúncio foi feito por Stella Li, vice-presidente da BYD, durante o Salão de Munique (IAA 2025). O arranque da produção na unidade de Szeged, na Hungria, está previsto para antes do final do ano.
Uma resposta direta às taxas de importação
Esta decisão permite à BYD evitar as taxas alfandegárias adicionais que a União Europeia aplica aos veículos elétricos fabricados na China desde outubro de 2024. Estas tarifas podem atingir os 35,3%, sendo que no caso específico da BYD, a taxa aplicada é de 17%, que se soma aos 10% da tarifa base.
Ao produzir localmente, a marca consegue não só contornar estes custos adicionais, mas também reforçar a sua posição e competitividade no mercado europeu. Atualmente, o BYD Dolphin Surf é importado da China e vendido em Portugal com um preço que começa nos 20.890 euros, um valor já influenciado por estas taxas.
O que vale o BYD Dolphin Surf?
Lançado em Portugal no passado mês de maio, o Dolphin Surf insere-se no segmento dos citadinos elétricos. Está disponível com duas configurações de bateria: uma de 30 kWh, que garante uma autonomia de 220 km (ciclo WLTP), e uma outra de 42,3 kWh, capaz de alcançar os 322 km.
No que toca à potência, os compradores podem optar por um motor de 65 kW (88 cv) ou uma versão mais potente de 115 kW (156 cv), dependendo do nível de equipamento escolhido.
Um mercado em plena ebulição
A aposta da BYD no segmento dos citadinos elétricos surge numa altura de grande crescimento. De acordo com dados da DataForce, partilhados pela Automotive News Europe, as vendas neste segmento mais do que duplicaram nos primeiros sete meses do ano, atingindo as 92.736 unidades. Neste período, a BYD conseguiu vender 4.048 unidades dos seus citadinos elétricos, um número que certamente irá aumentar com a produção europeia.










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