O governo da Indonésia suspendeu o registo de operação do TikTok no país, alegando que a popular plataforma de redes sociais não cooperou totalmente com um pedido de partilha de dados durante os protestos nacionais que ocorreram em agosto.
Numa declaração, Alexander Sabar, um funcionário do ministério das comunicações e digital da Indonésia, afirmou que o TikTok violou as leis nacionais ao fornecer apenas dados parciais durante o período dos protestos, entre 23 e 30 de agosto.
O que está por trás da suspensão?
Segundo o governo indonésio, foi dado ao TikTok um prazo até 23 de setembro para entregar dados relacionados com o tráfego, streaming e monetização. O pedido surgiu após suspeitas de que algumas contas com ligações a jogos de azar online, que são ilegais no país, poderiam ter lucrado com as transmissões em direto durante as manifestações.
Em resposta, a TikTok terá afirmado que não conseguiu fornecer todos os dados solicitados devido à sua política interna. Esta recusa parcial levou à suspensão temporária do registo da aplicação.
Contexto de protestos e a reação da TikTok
Os protestos de agosto foram espoletados pelo descontentamento geral com a situação económica da Indonésia, a brutalidade policial e diversas políticas governamentais. Durante o período de agitação, a própria TikTok suspendeu voluntariamente a sua funcionalidade de transmissões em direto, numa tentativa de manter a plataforma um "espaço seguro e civilizado". A aplicação conta com mais de 100 milhões de utilizadores no país.
Futuro incerto para a plataforma no país
Alexander Sabar não deu qualquer indicação sobre a duração desta suspensão. No entanto, a agência Bloomberg avança que, para já, a aplicação continua acessível no país.
Um porta-voz do TikTok, citado pela Reuters, declarou que a empresa respeita as leis dos países onde opera e acrescentou que está a trabalhar com o ministério digital para encontrar uma solução para o problema.
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