O mercado das consolas portáteis está a viver um novo apogeu e, ao que tudo indica, a Sony não quer ficar de fora desta corrida com um dispositivo dedicado. Longe de ser apenas um acessório de reprodução remota como o Portal, surgem agora novos detalhes sobre uma futura consola portátil que acompanhará a geração da PlayStation 6, prometendo desempenho robusto com a ajuda da inteligência artificial.
Segundo as informações avançadas num novo vídeo do canal de YouTube Moore's Law Is Dead, este novo dispositivo terá capacidade para executar nativamente jogos da PlayStation 5 a 60 fotogramas por segundo (fps), embora isso venha com um "custo" visual estratégico.
Modo de poupança e a aposta na IA
A grande novidade reside na forma como a Sony planeia gerir o equilíbrio entre desempenho e autonomia. A fonte indica que a PS6 Portátil utilizará tecnologias de upscaling baseadas em IA para melhorar a imagem, contando com um modo específico de baixo consumo de energia. Este modo permitirá que os jogos fluam a 60 fps, mas com uma resolução nativa reduzida em comparação com a consola doméstica.
O objetivo desta abordagem é reduzir a carga sobre o processador, apelidado internamente de "Razor CPU", garantindo assim que a bateria do dispositivo tenha uma duração aceitável para os padrões de mobilidade. A estratégia parece passar por solicitar aos estúdios que otimizem os seus títulos para resoluções inferiores, mantendo a fluidez da jogabilidade.
Este conceito de eficiência energética não é totalmente novo no ecossistema da marca. Um modo semelhante terá sido implementado na PS5 em setembro, sendo já compatível com títulos como Death Stranding 2: On the Beach, Demon’s Souls e Ghost of Yōtei.
Desenvolvedores céticos e o "Cavalo de Tróia"
Apesar das intenções da Sony, a receção por parte dos criadores de jogos parece ser mista. Com o lançamento da PS6 previsto apenas para 2027, alguns estúdios encaram este pedido de otimização antecipada com alguma frustração. Segundo relatos de um programador citado pela fonte, o atual foco no modo "Low-Power" é visto como um "cavalo de Tróia", servindo essencialmente para preparar o terreno para o hardware portátil da próxima geração muito antes do tempo.
Para além das questões de desenvolvimento, as fugas de informação sugerem que a consola será retrocompatível com a biblioteca da PS4 e PS5 sem exigir trabalho adicional por parte dos estúdios. Adicionalmente, especula-se que o dispositivo poderá incluir um modo "dock", semelhante ao da Nintendo Switch, libertando desempenho extra quando ligado a um ecrã externo. Resta esperar para ver se esta aposta se materializa num concorrente de peso no segmento portátil.
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