Numa reviravolta significativa na sua estratégia de conteúdos, a Meta assinou novos acordos comerciais de dados de inteligência artificial com várias editoras de notícias. O objetivo é fornecer informações globais, de entretenimento e notícias de última hora em tempo real no Meta AI, o chatbot da empresa. A partir de agora, quando os utilizadores fizerem perguntas relacionadas com a atualidade, a plataforma apresentará informações e hiperligações provenientes de diversas fontes, conforme a empresa anunciou esta sexta-feira.
Esta nova funcionalidade não se limita a apresentar um resumo gerado pela máquina; as respostas incluirão links diretos para os artigos, permitindo que os utilizadores visitem os sites das editoras para aprofundar o tema. Segundo a Meta, esta abordagem permitirá aos seus parceiros alcançar novas audiências num ecossistema digital cada vez mais dominado por assistentes virtuais.
O regresso das notícias às plataformas da Meta
A lista inicial de parceiros inclui nomes de peso no panorama mediático, como a CNN, Fox News, Fox Sports, o Grupo Le Monde, o portefólio da People Inc., The Daily Caller, The Washington Examiner e o USA Today. A tecnológica liderada por Mark Zuckerberg planeia ainda adicionar novas parcerias no futuro para diversificar as fontes de informação disponíveis.
Este movimento representa uma mudança de rumo notável. Em 2024, a empresa encerrou o separador de "Notícias" do Facebook e, desde 2022, tinha deixado de compensar as editoras de notícias, afastando-se ativamente do setor do jornalismo nas suas redes sociais. No entanto, a necessidade de alimentar o seu chatbot de IA com dados precisos e atualizados obrigou a empresa a reabrir a carteira e a restabelecer laços comerciais com a indústria dos media.
Numa publicação no seu blogue, a empresa reiterou o compromisso em tornar o seu assistente "mais responsivo, preciso e equilibrado". A integração de fontes de notícias visa combater a dificuldade que os sistemas de IA atuais têm em acompanhar eventos em tempo real, oferecendo aos utilizadores uma variedade mais ampla de pontos de vista e tipos de conteúdo.
Recuperar a confiança após o Llama 4
A urgência desta atualização surge num contexto competitivo feroz e após alguns percalços técnicos. A empresa procura atrair mais utilizadores para o seu chatbot e manter a relevância na corrida tecnológica, especialmente após o lançamento controverso do Llama 4 no início deste ano, que foi alvo de críticas devido ao seu fraco desempenho.
O assistente atualizado está disponível em mais de 200 países e pode ser acedido através das várias aplicações do ecossistema da gigante tecnológica, incluindo o Facebook, Instagram, Messenger e WhatsApp, bem como através da aplicação independente lançada recentemente.
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